Repulsa ao Sexo, filme de Roman Polanski, conta a história de Carol (Catherine Deneauve), uma mulher bastante peculiar. Na contramão dos jovens de sua idade, com homens que estão o tempo todo atrás de se relacionar sexualmente com mulheres que, a fim de se estabilizar em um relacionamento, acabam se entregando a eles.
Carol, apesar de seguir o roteiro pré-estabelecido pela sociedade de interagir com homens, quando chega o momento do ato sexual, sofre de grande repulsa.
Os problemas aumentam quando essa repulsa, intensificada por alucinações, começa a levá-la a um estágio de insanidade tão intenso a ponto de fazê-la cometer atos hediondos, inclusive assassinato.
A direção icônica de Roman Polanski ilustra de forma simbólica o medo e os tabus que grande parte das mulheres sente em torno dos receios e estigmas que rondam a perda da virgindade e a iniciação das relações sexuais, historicamente muito mais ligadas à fatores de pressão sobre elas.
Com uma direção de fotografia bastante contrastada e preto e branco, Repulsa ao Sexo, lançado em 1965, envelheceu muito bem e até hoje é capaz de proporcionar uma ótima fonte de entretenimento e debates.
