Recentemente, a indústria cinematográfica foi abalada por uma controversa alegação de plágio envolvendo o filme Os Rejeitados, dirigido por Alexander Payne e reconhecido com uma indicação ao prestigiado Oscar. A informação é da Variety. O roteirista Simon Stephenson, cujo currículo inclui contribuições marcantes em produções de renome como Luca da Pixar e Paddington 2 da StudioCanal, ergueu a bandeira das acusações, afirmando que o roteiro de Os Rejeitados teria sido copiado descaradamente de sua própria obra, intitulada Frisco. Essas alegações desencadearam um intenso debate dentro da Writers Guild of America (WGA), evidenciando a complexidade e sensibilidade das questões relacionadas à autoria e originalidade no mundo do cinema.
A trama em torno desse embate entre Simon Stephenson e a equipe por trás de Os Rejeitados revela nuances intrigantes sobre a ética e os desafios enfrentados pelos profissionais da indústria cinematográfica. Enquanto Os Rejeitados acumula elogios e reconhecimentos, incluindo a indicação ao cobiçado prêmio da Academia, a sombra da acusação de plágio lança uma luz perturbadora sobre a integridade criativa por trás da obra. A alegação de Stephenson ecoa não apenas como um confronto entre indivíduos, mas como um reflexo das complexidades inerentes à proteção da propriedade intelectual e à atribuição adequada de créditos na indústria do entretenimento.
Ao adentrarmos mais fundo nessa controvérsia, é essencial compreendermos as bases da acusação de plágio levantada por Simon Stephenson contra Os Rejeitados. O roteiro de Frisco, obra citada como fonte do suposto plágio, retrata a história de um médico de meia-idade desiludido e seu relacionamento com um paciente adolescente, enquanto Os Rejeitados apresenta uma narrativa similar centrada em um professor de internato de meia-idade e seu vínculo com um aluno adolescente. As semelhanças entre essas tramas são inegáveis e lançam uma sombra sobre a integridade criativa do filme indicado ao Oscar.
Entenda o caso
Simon Stephenson, em janeiro deste ano, contatou a diretora sênior de créditos da Writers Guild of America, Lesley Mackey, levantando preocupações sobre uma possível violação de créditos em um projeto importante. Ele alegou que o roteiro de Os Rejeitados foi plagiarizado linha por linha de seu próprio trabalho, Frisco. Os emails trocados entre Stephenson e Mackey, revisados pela Variety, indicam que uma ligação ocorreu para discutir o assunto.
Stephenson argumentou que Payne teve acesso ao roteiro de Frisco tanto em 2013 quanto novamente no final de 2019, antes de abordar David Hemingson para colaborar em um projeto. Emails entre várias agências de Hollywood e produtores aparentemente corroboram essa alegação.
As acusações de Stephenson lançaram uma luz sobre questões mais amplas relacionadas à proteção de roteiros e à ética na indústria cinematográfica. O caso levantou debates sobre o papel das guildas de escritores na resolução de disputas de créditos e proteção de propriedade intelectual.
Apesar das alegações de Stephenson, a Writers Guild of America optou por não intervir, indicando que o caso não se enquadra nas diretrizes da organização. Isso levantou questões sobre a eficácia dos mecanismos de proteção e resolução de disputas na indústria cinematográfica.
O caso envolvendo Os Rejeitados destaca os desafios enfrentados pelos escritores em proteger seus trabalhos e garantir o reconhecimento adequado na indústria cinematográfica.
Enquanto o filme continua sua jornada na temporada de premiações, a controvérsia em torno do plágio permanece como um lembrete da importância da integridade criativa e da proteção dos direitos autorais na produção cinematográfica.
