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© Ollie Upton/HBO

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A Profecia em ‘A Casa do Dragão’ | Mapa, Espelho ou Arma?

Publicado 4 meses atrás

Para os fãs das Crônicas de Gelo e Fogo, profecias não são meros contos. São prenúncios de batalhas épicas, reviravoltas chocantes e, em A Casa do Dragão (House of the Dragon), um gatilho para a luta pelo Trono de Ferro. Afinal, quando uma profecia ancestral entra em jogo, a linha entre destino e ambição se torna perigosamente tênue.

Mas será que a profecia é realmente um guia confiável para o futuro? Ou será que ela serve apenas para justificar as ambições de cada um?

A série mergulha fundo nessa questão, ecoando o tema recorrente em As Crônicas de Gelo e Fogo: o peso das palavras e como a busca pelo poder pode distorcer até mesmo as mais nobres intenções.

A profecia que assombra os Targaryen

No centro da contenda está o “sonho de Aegon”, uma profecia que prenuncia um inverno devastador e uma ameaça capaz de extinguir reinos.

É o príncipe que foi prometido, e é sua a canção de gelo e fogo.

Essa mensagem, sussurrada de geração em geração pelos Targaryen, se torna um fardo e uma justificativa para suas ações, moldada de acordo com as ambições de cada um.

Viserys, Rhaenyra, Alicent – cada um interpreta a profecia à sua maneira, buscando nela a validação para seus desejos de poder.

Mas a verdade é que não se sabe quase nada sobre a origem de tal premonição, tampouco sobre o príncipe prometido e sua identidade, mas as teorias são várias, todas, no entanto, mencionando uma estrela vermelha (sangrenta) e o nascimento do herói em meio a fumaça e sal.

Se voltarmos ao material de origem e olharmos para Game of Thrones, nos depararemos com a crença de Melisandre de que o príncipe foi profetizado cinco mil anos atrás.

Seu nome era Azor Ahai.

Mas Rhaegar Targaryen, irmão de Daenerys, acreditava que ele mesmo poderia ser o homem da profecia e, depois, passou a crer que poderia ser seu filho, Aegon.

Nenhum estava certo.

Distorcendo a profecia para justificar a ambição

De volta à A Casa do Dragão, a Rainha Alicent Hightower se apega à profecia para defender a ascensão de seu filho, Aegon, ao trono, pintando-o como o salvador profetizado.

Do outro lado, a Princesa Rhaenyra vê na profecia a confirmação de seu direito inato ao poder, desafiando costumes e alimentando a chama da discórdia.

Quem realmente decifrou a profecia?

Então, a pergunta que ecoa pelos corredores de Pedra do Dragão e da Fortaleza Vermelha é: quem está certo?

Com tantas interpretações, a série nos convida a questionar se existe uma única verdade quando o destino se mistura com a ambição. Afinal, a profecia serve como um espelho, refletindo os desejos mais profundos daqueles que a interpretam.

Um reino em chamas

De toda forma, a única coisa que se tem de concreto é que enquanto os personagens jogam o jogo da profecia, manipulando suas palavras para alcançar seus objetivos, Westeros se transforma em um barril de pólvora prestes a explodir.

A busca egoísta pelo poder, justificada por diferentes interpretações do “sonho de Aegon”, culminou na sangrenta guerra civil conhecida como a Dança dos Dragões.

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