Amores Solitários (Lonely Planet) é a novidade da vez no catálogo da Netflix. E como qualquer novidade que tem o nome de Liam Hemsworth no elenco principal, o filme foi parar no top 10 da plataforma em seus primeiros dias de lançamento.
O romance, porém, amarga uma péssima recepção tanto do público como da crítica – são 5,8/10 no IMDb e 42% no Rotten Tomatoes. Portanto, a pergunta é: o filme é ruim mesmo?
A trama de Amores Solitários gira em torno de Katherine Loewe (Laura Dern), uma escritora recém-separada que resolve se esconder em um retiro no Marrocos para escrever sua próxima obra. Lá, ela acaba se envolvendo com Owen (Liam Hemsworth), um homem bem mais jovem que também não está muito certo dos rumos de sua vida.
Nada mal para um enredo, mas é claro que faltou alguma coisa para justificar aquelas notas baixas.
Primeiramente, é preciso lembrar que estamos falando de um romance. Não posso dizer que faltou química entre o casal, mas, sinceramente, o clímax do filme, que era para ser a cena da piscina (que inclusive está no trailer), foi bruscamente cortado e a diretora e roteirista Susannah Grant não conseguiu retomá-lo. Na verdade, ele foi substituído por outra cena bem fraca.
Não ajuda também a personagem de Laura Dern ser pouco cativante, pelo menos quando não está com Owen. Seria uma boa pensar que o objetivo disso seria nos fazer pensar que ele consegue extrair o melhor dela, mas se foi assim, o longa falhou lindamente. Além disso, praticamente todos os outros coadjuvantes são chatos. Até o final também foi morno ou, em outras palavras, sem sal. Nada de especial.
Ou seja, Amores Solitários nos faz criar expectativas para nunca satisfazê-las, como um sonho que é interrompido todas as noites quando a melhor parte está para acontecer.
E se isso não serve para explicar o motivo daquelas notas baixas, não sei o que mais explicará.
* Amores Solitários está disponível na plataforma da Netflix.