A Blumhouse, casa de alguns dos maiores sucessos do terror moderno, liberou a fera com o primeiro trailer de Lobisomem, e o rugido é de gelar a espinha. Esqueçam os lobisomens brilhantes de Crepúsculo, o que temos aqui é uma volta às raízes animalescas da lenda, com direito a muito sangue, suspense claustrofóbico e uma atmosfera que parece saída dos nossos piores pesadelos.
O trailer, exibido na NYCC, abre com uma família aparentemente comum, buscando refúgio da cidade grande no que deveria ser um retiro rural idílico. A fotografia, com tons frios e uma paleta de cores que evoca o outono, cria uma sensação de isolamento e prenúncio. Christopher Abbott, com sua expressão angustiada já conhecida de trabalhos como Catch 22, encarna o pai em busca de paz interior, enquanto a sempre brilhante Julia Garner (Ozark, Inventing Anna) nos presenteia com uma personagem que emana força em meio ao caos iminente.
A aparente tranquilidade, porém, logo se transforma em um pesadelo sangrento quando a noite cai e a floresta ao redor da casa desperta. A câmera, habilmente utilizada por Leigh Whannell, diretor que já provou seu talento para o terror visceral em O Homem Invisível, brinca com o fora de quadro, com sombras e vultos fugazes da criatura. O ataque, quando finalmente acontece, é brutal, rápido e visceral. A família, pega de surpresa, se vê presa em uma armadilha claustrofóbica, com a promessa de que o pior ainda está por vir.
O trailer sabiamente não revela muito da criatura em si, focando na construção da atmosfera de pânico e desespero crescente. O pouco que vemos, no entanto, remete à figura clássica do Lobisomem, um monstro que evoca tanto terror primal quanto uma melancolia bestial.
A Blumhouse, conhecida por revitalizar clássicos do terror com inteligência e respeito (Halloween, O Homem Invisível), parece ter encontrado em Whannell o parceiro perfeito para trazer o Lobisomem de volta ao seu devido lugar no panteão dos monstros do cinema. O roteiro, co-escrito pelo próprio Whannell, promete explorar não apenas o horror físico da transformação, mas também o dilema psicológico de se confrontar com a besta interior.
A espera até 16 de janeiro de 2025 promete ser longa, mas se o trailer serve como indicativo, Lobisomem tem tudo para ser uma experiência cinematográfica aterrorizante e inesquecível, que vai ficar gravada em nossas mentes muito depois dos créditos finais. Até lá, preparem-se para noites mal dormidas, olhares desconfiados para a lua cheia e um retorno triunfal do terror primal aos cinemas.