o cavaleiro dos sete reinos HBO Max
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O Cavaleiro dos Sete Reinos, da HBO Max, mostra quando menos é mais no universo de Game of Thrones

o cavaleiro dos sete reinos HBO Max
© Steffan Hill/HBO

Em um cenário em que séries de fantasia competem para ver qual consegue queimar mais dinheiro que um dragão Targaryen, eis que surge uma proposta refrescante no universo de Game of Thrones. O Cavaleiro dos Sete Reinos, nova série da HBO Max baseada nas novelas Dunk & Egg de George R.R. Martin, promete voltar às origens com uma produção mais modesta e íntima.

A dança dos milhões está chegando ao fim

Enquanto Game of Thrones teve início com um orçamento de US$ 6 milhões por episódio e terminou gastando US$ 15 milhões, sua sucessora A Casa do Dragão (House of the Dragon) já começou no patamar de US$ 20 milhões por episódio. Para contextualizar, isso é mais do que custava uma temporada inteira das primeiras séries de TV premium dos anos 2000.

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Mas nem todo herói precisa de um dragão para voar.

O Cavaleiro dos Sete Reinos se passa em uma época em que os dragões são apenas lendas nos livros de história de Westeros. Nossos protagonistas são Dunk, um cavaleiro andante, e seu escudeiro Egg. Nada de batalhas épicas com milhares de figurantes ou efeitos especiais dignos de blockbusters – a primeira temporada se concentra em um torneio em Ashford, na Campina.

Como diria o próprio George R.R. Martin em sua visita ao set: “90% da história se passa em um campo, rodeado de tendas”. É como se trocássemos uma superprodução da Broadway por um teatro intimista – às vezes, a mágica está mais na história do que nos efeitos especiais.

O retorno à essência

Esta abordagem mais contida pode ser exatamente o que o gênero fantasia precisa atualmente. Num momento em que séries como Secret Invasion gastam US$ 35 milhões por episódio (para resultados questionáveis), talvez seja hora de lembrar que Game of Thrones não conquistou seu público pelos dragões, mas por suas histórias humanas e personagens complexos.

A decisão de produzir uma série mais modesta não parece ser apenas uma questão de economia, mas uma escolha narrativa inteligente. Afinal, esta é uma história contada da perspectiva do povo comum de Westeros – os “smallfolk”, como são chamados nos livros. É uma oportunidade de explorar o rico universo de Martin por um ângulo completamente novo.

O Cavaleiro dos Sete Reinos (e a HBO Max sabe disso) pode representar uma mudança importante na forma como as séries de fantasia são produzidas. Em vez de começar com explosões e terminar sem fôlego (como aconteceu com a segunda temporada de House of the Dragon), a série parece apostar em um crescimento orgânico.

Prevista para estrear em 2025, esta nova produção pode provar que, às vezes, menos é mais – mesmo nos Sete Reinos. Afinal, não precisamos de um dragão para contar uma história épica, às vezes basta um bom cavaleiro e seu fiel escudeiro.

Como diria nosso amigo Tyrion Lannister: “Uma mente precisa de livros assim como uma espada precisa de uma pedra de amolar.” Talvez seja hora de afiar nossas expectativas para uma narrativa mais afiada e menos espetaculosa.

* Essa matéria foi baseada na matéria do Winter is Coming.com

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