Crítica de filme

Crítica | ‘Godzilla vs. Kong’

Publicado 4 anos atrás

Godzilla vs. Kong vinha deixando os fãs do MonsterVerse completamente malucos. A ansiedade pela quarta parte desse universo de monstros titânicos travou fóruns em fan-sites e gerou um sem número de páginas de discussões internet afora antes do lançamento do longa. E parece que o filme agradou, apesar de alguns pontos questionáveis que podem ser apontados.

Na história, Nathan Lind (Alexander Skarsgård) precisa viajar à Terra Oca para encontrar o centro da origem dos monstros e salvar a humanidade. Para isso, vai contar com a ajuda de Ilene Andrews (Rebecca Hall), da pequena Jia (Kaylee Hottle), e é claro, do grande protagonista em cena, Kong.

Acostumado a lidar com macacos, nosso atual Tarzan assume o papel principal dos humanos de forma mais leve e menos sombria do que em seus últimos trabalhos e, apesar de estar liderando a expedição ao local que matou seu irmão, Nathan está sempre abaixo de suas colegas Ilene e até mesmo de Jia, a única pessoa que consegue se comunicar com Kong. Ele fica à sombra até mesmo de Maya Simmons, que tem um papel tímido e muito aquém da capacidade de sua intérprete, Eiza González. Esse fato, porém, pouco importa para o objetivo do longa, que é explorar mais os dois monstros do título.

Tanto Godzilla quanto Kong estão maiores do que nunca, com 120 e 102 metros de altura, respectivamente, e o lagarto está um tanto obeso também! A pancadaria entre os dois acontece com força, consistindo nas melhores cenas do filme. Os efeitos visuais estão tão perfeitos que assustam, valendo a experiência de conferir a película somente por causa deles. No entanto, o filme se mostra bastante parcial quando apresenta Godzilla como o grande vilão, enquanto o macaco é o imenso herói. Todas as cenas tocantes cujo propósito é emocionar o público são voltadas para ele também.

Além disso, o filme aborda questões políticas que vão muito além de uma mera guerra de titãs (ainda bem!), e para isso serve o núcleo de Madison (Millie Bobby Brown), Josh (Julian Dennison) e Bernie (Brian Tyree Henry), esse último sendo um podcaster bastante alucinado, mas com um bom faro para falcatruas e interesses escusos. A aliança dos três é bastante inusitada, mas a meu ver o personagem de Bernie dava conta do recado sem precisar da ajuda dos adolescentes, sendo que a volta de Bobby Brown ao universo está ali somente para agregar mais valor ainda à película.

Fora isso, a presença do Mecha Godzilla se apresenta como um enorme fan service que, para alguns, pode ter valido todo o filme.

Desta feita e por todo o exposto, Godzilla vs. Kong se mostra bastante eficiente tanto para os experts no quesito MonsterVerse, como para os marinheiros de primeira viagem nessa aventura. Vale a conferida e, quem sabe, você até tome algum partido nessa competição de quem ruge mais alto: team Godzilla, ou team Kong?

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Godzilla vs. Kong Poster
País: EUA, Australia, Canadá, India
Idioma: Inglês

Respostas de 3

  1. Apesar de o Godzilla dos cinemas sempre aparecer com um potencial destrutivo maior do que o Kong, o que por si só já inviabilizava um combate justo, com esse no up de poder (tamanho e peso exponencialmente maiores do que suas primeiras retratações no audovisual), realmente as chances ficaram mais balanceadas. Primeiro por que o primata possui polegares, característica vital para a evolução humana, uma vez que permite o uso de armas e apetrechos.
    Outro fator que vale a pena ressaltar do filme é que os arcos dos humanos são bastante mal desenvolvidos. Diferente de Kong: Ilha da Caveira, que mostrava os humanos (soldados e cientistas) em belíssimas cenas que de fato mostravam os perigos da ilha, em Godzilla Vs Kong, os humanos não tem importância nenhuma. Com tanta tecnologia, pra que raios eles precisavam que o Kong fosse até a Terra Oca descobrir a tal fonte de energia, se era só eles voarem até lá com aquelas navezinhas super tecnológicas. Outra coisa que me incomoda muito é o núcleo da Millie Bobby Brown… Sério que aquelas crianças conseguiram invadir sem grandes dificuldades uma instalação tão avançada a ponto de criar o Mecha Godzilla? Os caras gastaram tanto dinheiro na criação daquelas tecnologias que não sobrou pra segurança? Outra coisa, no meio de cientistas e pessoas cheias de recursos, porque crianças sem conhecimento de nada, que ainda estão no colegial tiveram mais relevância do que os personagens treinados e bem preparados pra isso a vida toda? Rsrsrs… Enfim, deixo registradas as minhas irritações durante o longa. Ótimo texto, Flávia!

    1. Concordo com tudo inteiramente!!

      SPOILER ALERT!

      NÃO LEIA O COMENTÁRIO ABAIXO SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU O FILME!

      E se o menino lá tivesse descoberto a senha do computador que controlava o Mecha aí ia ser pior ainda! kkkkkkk

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