Quanto mais se aproxima a estreia do prequel de Game of Thrones, House of The Dragon, mais a ansiedade e a expectativa dos fãs de Westeros aumentam e, com elas, a responsabilidade de Ryan Condal, o showrunner da série. Será que vamos assistir a mais um épico da TV?
De longe, o maior medo dos expectadores é que o novo seriado da HBO tenha o mesmo destino de GOT, ou seja, comece triunfal e termine com um final decepcionante (pelo menos para a maioria do público). Os famosos D&D (David Benioff e Dan Weiss), que comandaram a série original, gradativamente passaram das pessoas mais amadas para as mais odiadas do mundo depois daquela fatídica (repito, para a maioria esmagadora do público) oitava temporada.
Condal, no entanto, tem tudo para não repetir o erro de seus antecessores – um livro com começo, meio e fim para se basear (Fogo e Sangue), um dos melhores roteiristas de Game of Thrones, Miguel Sapochnik (que dirigiu os melhores episódios do seriado), a seu lado, além de ser fã declarado da obra de George R. R. Martin e ter lidos seus livros.
Apesar de tudo, de acordo com o blog Winter is Coming, em entrevista ao podcast The Ugly American Werewolf in London, o criador elogiou bastante o trabalho Benioff e Weiss.
“O trabalho em House of the Dragon foi na verdade muito mais fácil do que teria sido se eu estivesse criando a série original”, disse ele. “Todo o crédito para [os showrunners de Game of Thrones David Benioff e Dan Weiss e o criador George RR Martin] veio antes de mim. Eles fizeram todo esse trabalho para mim. Portanto, não tenho que explicar nada sobre o que é um Targaryen ou o que é Westeros ou o que é um Trono de Ferro. ”
E isso é verdade, apesar de que os Targaryen que vamos conhecer agora são bastante diferentes dos de GOT. A história de House of The Dragon, que se passa cerca de 200 anos antes dos acontecimentos originais, vai mostrar a casa dos dragões em seu auge, quando várias dessas criaturas, incluindo o temível Terror Negro, Balerion, dominavam o céu de Westeros. Não é nada comparável ao decadente Viserys que conhecemos na primeira temporada de Thrones. Daenerys é a que chega mais perto de seus poderosos ancestrais, mas mesmo assim o destino não lhe foi favorável.
“A primeira coisa é sempre a mais difícil …”, continuou o showrunner “Quando esse trabalho é bem feito na primeira tentativa, como foi por David e Dan … o trabalho da pessoa que segue torna-se muito mais fácil. Então, sim, há exposição na série, porque você tem que se estabelecer na nova linha do tempo em que eles estão e também com esses personagens e as coisas com as quais eles estão lidando e tudo mais, mas muito do trabalho pesado já foi feito para que o público que chega saiba o que é o material, então você pode inteligentemente incorporar coisas e referenciar coisas e eles vão pegá-lo e carregá-lo pelo caminho.”
Então é isso. O caminho das pedras já foi estabelecido antes e, agora, Condal pode deitar e rolar, confiando na inteligência do seu público que, não se pode negar, é muito grande e já foi muito bem testada por Benioff e Weiss.
“Você realmente tem que confiar em seu público. O público é muito inteligente e quer que seja uma experiência interativa, não quer ser alimentado com tudo, quer ter que se inclinar para a frente em sua cadeira, ouvir, juntar as coisas e dizer: “Ah, sei o que isso é. ” E é isso que os faz se engajar no seu trabalho. Então tem que ser acessível, porque se for inacessível você perde todo mundo. Mas o truque é caminhar nesse equilíbrio e revelar o mínimo possível de informações para transportar as pessoas pelo caminho.”
E então? É para esperar algo grandioso ou não? As probabilidades são excelentes! Rezemos para que sim!
House of The Dragon estreia em 2022, na HBO e HBO Max.
