Crítica de filme

A Hora da Sua Morte

Publicado 5 anos atrás

O crescimento do gênero ‘terror’ é visível nos últimos tempos. Essa modalidade cinematográfica caiu no gosto do público e está ganhando cada vez mais espaço nas telonas. Contudo, como todas as outras categorias, em todas as épocas, tem seus representantes péssimos, ruins, bons, muito bons e excelentes. A Hora da Sua Morte (Countdown) se encontra nesse meio termo. Esquecível, porém divertidíssimo, mesmo que isso soe paradoxal.

A trama gira em torno de um aplicativo de celular que diz o dia e o momento exatos da sua morte. Assim, quando a enfermeira Quinn (Elizabeth Lail) descobre que tem apenas dois dias de vida, começa uma luta frenética contra o tempo para mudar seu destino, o que viola os termos e condições de serviço do famigerado app, que existe de verdade e está disponível para download, tendo sido desenvolvido pela produtora do filme.

a hora da sua morte celular

Assim, não há como negar que o roteiro simples da película do diretor Justin Dec é para lá de original e, não obstante seus inúmeros furos, estes não são bastantes para estragar a experiência do público, sendo que o mais interessante é como o diretor consegue aliviar a tensão da expectativa da morte da protagonista com momentos triviais do cotidiano, como uma advertência no trabalho, e situações cômicas, como o encontro de Quinn e Matt (Jordan Calloway) com o padre John (P.J. Byrne).

O religioso é sem dúvida a melhor coisa do filme, um homem que escolheu vestir a batina por cima de suas várias tatuagens somente para estudar os demônios e os mistérios macabros da Bíblia.

Elizabeth Lail, P.J. Byrne, Jordan Calloway, Talitha Eliana Bateman

Sendo assim, mesmo que não possamos comparar A Hora da Sua Morte com outros filmes de terror de nível superior, como o excelente O Homem Invisível de estreia recente nos cinemas, ou os dois It – A Coisa, o longa tem seus “encantos”. O som que o Countdown (nome do aplicativo) faz quando chega alguma notificação no celular, por exemplo, é excelente!

Ademais, o fato de o filme não querer destacar cenas sangrentas nem corpos dilacerados – inclusive as imagens desfocam os corpos para dar mais ênfase no celular, mostrando a contagem do tempo em primeiro plano – é um ponto positivo, já que o foco da trama é a expectativa da morte em si.

a hora da sua morte Elizabeth Lail

Aliás, por falar na Ceifadora, a figura da Morte – muito bem-feita, diga-se de passagem – ficou bem parecida com a imagem clássica que conhecemos – que é de uma figura com capa preta -, só que um pouco mais assustadora, com detalhes que a tornam ainda mais repugnante.

Não temos, porém, nenhuma atuação memorável, apesar de elas também estarem longe de serem ruins. Elizabeth Lail, a Beck da série You, segura bem o papel protagonista, mas seu desafio não foi maior do que o da famosa série de TV.

a hora da sua morte Elizabeth Lail

Previsível, clichê e com uma solução que deixa um pouquinho a desejar, A Hora da Sua Morte não vai te fazer pular da poltrona de medo, mas tampouco de tédio. Certamente vale o ingresso para uma diversão de momento, mas da qual você pouco se lembrará depois.

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A Hora da Sua Morte Poster
País: EUA
Idioma: Inglês

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