Nomes parecidos, ou no caso, praticamente iguais, podem gerar bastante confusão. Quando li o nome A Profissional – título em português do original The Protégé -, meu primeiro pensamento foi o de que tinham produzido um tipo de remake ou até mesmo uma sequência de O Profissional (1994) – o clássico da ação estrelado por Jean Reno e Natalie Portman -, só que, é claro, com uma mulher no papel principal, como bem demonstra o artigo no começo do título. Não é o caso, porém e, se o leitor passou pelo mesmo pensamento que eu, deixo essa introdução de esclarecimento.
Apesar disso, os dois filmes têm algo em comum e talvez tenha sido até por isso que escolheram justamente este nome para o filme em análise quando o adaptaram para o português. Sendo assim, tanto Jean Reno em 1994 como Samuel L. Jackson agora são assassinos treinados que, por algum capricho do destino, tomam uma garotinha como pupila. Mas as semelhanças param por aí. Naquele filme tínhamos uma Natalie Portman iniciante que, assim como sua personagem, ainda criança já demonstrava todo o talento que estava por aflorar. Neste, temos uma Maggie Q, adulta no auge de seu talento assassino. Poderia até ser uma sequência, mas, como dito, não tem nada a ver.
Na história seguimos Anna (Maggie Q.), uma matadora que quer vingança pela morte brutal do homem que lhe ensinou tudo.
Quero deixar claro, no entanto, que A Profissional não chega nem aos pés do filme com o qual ora o comparo, mas isso não quer dizer que seja ruim. O que temos aqui é um longa que possui alguns problemas, mas que consegue se sustentar. Não há nada de novo que possa ser destacado, mas as boas cenas de ação compensam esse fato. A película é previsível, mas um roteiro eficiente supera esse detalhe. Mas o melhor do filme é, com certeza, seu elenco.
Eu nunca assisti Nikita e, por isso, não conhecia o talento de Maggie Q., que parece ter nascido para esse tipo de papel. Vale a pena conferir A Profissional só para vê-la atuando. Mas como se não bastasse, seu mestre em cena é Samuel L. Jackson, que dispensa qualquer apresentação. E ainda temos Michael Keaton para fechar o triângulo estrelar. Claro que é engraçado vê-lo lutando e fazendo outras coisinhas a mais como um garoto sabendo que ele está no auge de seus setenta anos de idade, mas isso pode ser relevado! De resto, está tudo bem.
Tudo no longa é feito bastante direitinho, portanto. Esse não é um filme que pode ser chamado de filmaço, mas cumpre seu papel e é perfeitamente capaz de entreter os fãs da ação. É bem como dito por Maggie Q., em uma de suas melhores falas em A Profissional, “essa é a melhor circunstância em que você irá me ver.”