Crítica de filme

Crítica | A trama de ‘A Felicidade é de Matar’ tenta transitar entre a tensão e o humor, porém, não consegue o equilíbrio

Publicado 3 anos atrás
Nota do(a) autor(a): 2.5

A Felicidade é de Matar, comédia dirigida por BenDavid Grabinski, conta a história do casal Janet (Kerry Bishê) e Tom (Joel McHale) que, casados há 14 anos ainda mantém a paixão viva, causando nos amigos o sentimento de raiva e inveja. Depois de receberem a visita de um homem que mostra a realidade da maioria dos casais a eles, suas vidas viram de cabeça para baixo. 

A trama propõe uma premissa bastante interessante ao espectador, apresentando um primeiro ato intenso e criando perguntas que esperamos que sejam respondidas durante o longa. 

Contudo, com os efeitos sonoros de tensão em momentos não apropriados, diálogos que tinham o objetivo de criar mistério acabam caindo no óbvio e no raso, deixando o filme um pouco mais arrastado até o seu segundo ato. 

No entanto, conforme o roteiro vai tentando criar uma atmosfera de tensão, o que realmente prende a atenção é tentar encontrar os culpados e finalmente descobrir aonde a trama que se criou após o final do primeiro ato pode levar.

Mesmo assim, o filme peca novamente em resoluções rápidas que não se adequam diretamente aos caminhos criados pelo roteiro até então e, apesar de haver alguns momentos engraçados e outros em que realmente o filme realmente consegue prender o espectador, é fato que ele não consegue encontrar o equilíbrio. 

Entretanto, mesmo que de forma confusa, a mensagem simbólica que o longa traz consegue ser transmitida, assim como o final que, deixado em aberto, tenta criar mistério, mas na realidade é uma confusão, causando a sensação de que todo o filme foi uma bagunça do começo ao fim. 

Não há clímax, nem ponto alto de assimilação, o que faz com que o longa se dirija diretamente para os momentos de sustos inapropriados que não fazem muito sentido. 

Além disso, as atuações bem caricatas ajudam a manter esse anticlímax, mostrando-se interessantes somente nos momentos de comédia, nos quais muitos atores mostram o seu talento. 

Sendo assim, a direção que o filme toma vai de encontro àquele que deveria criar desconfiança em relação aos protagonistas, e se perde pela falta de diálogos simbólicos e, como já referido, pelas atuações rasas. 

Com o direcionamento tomado nos atos finais, o longa nos faz questionar qual foi o real objetivo do roteiro, que caminha para a comédia, volta para o mistério e recai na obviedade muito escancarada.

Por fim, avalio A Felicidade é de Matar em 2,5, já que toda a expectativa da sinopse e do primeiro ato se perde completamente no decorrer do longa, além das atuações, que deixam a desejar. 

Contudo, dá para se tirar boas risadas em alguns momentos, sendo esse o ponto mais atrativo do filme. 

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A Felicidade é de Matar Poster
País: EUA
Direção: BenDavid Grabinski
Roteiro: BenDavid Grabinski
Idioma: Inglês

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