E eis que o diretor Ridley Scott faz seu retorno triunfal na continuação de Gladiador, um dos maiores sucessos de sua carreira. Gladiador 2, no entanto, claramente não chega aos pés do primeiro longa em muitos aspectos, apesar de ainda ter seu charme. Aqui o cineasta optou em seguir por um caminho diferente, fazendo algo muito diverso do que vimos na película original e mais próximo dos seus trabalhos atuais.
Na trama, Lucius (Paul Mescal) deve entrar no Coliseu depois que os poderosos imperadores de Roma conquistaram sua terra natal. Assim, com o futuro do império em jogo, ele olha para o passado para encontrar a força e a honra necessárias.
Grande em escala e raso em substância, Gladiador 2 é uma sequência com momentos de ação empolgantes, mas um roteiro frágil.
Assim como no filme anterior, vingança, lealdade e dever são alguns dos temas principais que estão presentes em Gladiador 2, mas o destaque mesmo fica a cargo do elenco, notadamente do protagonista, Paul Mescal, Denzel Washington, que encarna Macrinus, e Joseph Quinn, que interpreta o imperador Geta, trazendo uma certa semelhança com o Commodus de Joaquin Phoenix no primeiro filme.
A despeito disso, as comparações com a obra original são inevitáveis. É claro que, ao desenvolver esse projeto, Scott assumiu um risco enorme, decidindo por fazer conexões entre o primeiro e o segundo filme. Assim, o cineasta não somente trouxe de volta alguns atores que retornaram a seus papeis originais, como também recriou cenas do primeiro longa, artimanha que, muitas vezes, funcionou.
Por tudo isso, a conclusão a que se chega é que, mesmo ficando na sombra do primeiro filme, que em 2001 deu a Russel Crowe a estatueta dourada, Gladiador 2 é uma ótima obra com suas cenas de batalhas épicas, grandes cenários e uma fotografia de tirar o fôlego.