Crítica de filme

Let’s Dance

Publicado 5 anos atrás
Nota do(a) autor(a): 3.5

Eu não costumo gostar muito de filmes franceses. Seu estilo geralmente parado e muito cabeça costuma cansar fácil, mas esse não é o caso de Let’s Dance, que chegou recentemente ao catálogo da Netflix. Dirigido e roteirizado por Ladislas Chollat a película tem muito a dizer, de uma forma simples e divertida, e passa longe de deixar o espectador entediado.

Primeiramente, há que se admitir que a trama de Let’s Dance não tem nada de original. Ela conta a história de Joseph (Rayane Bensetti), um dançarino de Hip Hop que chega a Paris para participar do mais importante torneio de sua categoria. Para se manter na cidade grande, porém, ele precisa de um emprego, e acaba virando professor de uma escola de dança clássica, onde conhece a bailarina Chloé (Alexia Giordano) que, por sua vez, está se preparando também para o mais importante teste de dança de sua vida.

let's dance chloe

A história lembra bastante a do filme norueguês Batalhas (também disponível na Netflix), mas em todos os sentidos, é superior a ele. O foco do longa de Chollat está realmente na dança e na superação do preconceito que existe entre os diferentes estilos. É a dança que faz com que o casal de protagonistas, Joseph e Chloé, se aproxime, é ela que faz com que eles se separem, e é ela que os une novamente.

Nada em Let’s Dance importa muito mais. A história da vida Joseph antes de sua chegada a Paris é contada tão en passant que praticamente pode ser ignorada. Ninguém sabe onde ou quando ele começou a aprender a dançar, nem onde ou quando ele conheceu sua namorada Emma (Fiorella Campanella) e seu melhor amigo Karim (Mehdi Kerkouche). Já quanto a Chloé, a coisa é ainda mais misteriosa. Sobre ela só sabemos, basicamente, que ama balé e que mora com uma avó gente boa.

joseph

Como dito, portanto, o que importa é a dança. Joseph se encanta pela forma como Chloé interpreta a música clássica e ela, por sua vez, fica admirada com a energia, o talento e o amor que ele deposita no Hip Hop. O resultado, é o nascimento de um gênero artístico totalmente novo, que dá outro significado à vida dos dois jovens.

E como não dá para falar de dança sem falar de música, é preciso deixar claro que Let’s Dance também não decepciona nesse quesito. A trilha sonora, como não podia deixar de ser, possui sons de Hip Hop e Clássico, mas também uma mistura dos dois muito gostosa e interessantíssima de se ouvir. Até David Guetta aparece para animar as coisas!

chloe e joseph

E quanto a nós, os espectadores? Ora, só nos resta ficar encantados e nos deliciar com essa história de Chollat. Se você não se controlar, vai querer sair correndo para se matricular na primeira escola de dança que vir pela frente.

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Let's Dance Poster

Let's Dance

Let's Dance
País: França, Bélgica
Direção: Ladislas Chollat
Roteiro: Ladislas Chollat, Joris Morio, Jane English
Idioma: Francês

Respostas de 15

  1. Q filme massa! O final eh muito foda, com eles dançando tudo junto e separado 😋
    Realmente, um dos melhores!

    Ps. Muito boa a crítica, realmente deixaram tudo de fora, e mesmo assim ficou clara a amizade dele, e o romance entre os protagonistas foi sútil o suficiente pra não precisar de mais nada, tipo, a sensibilidade da direção pra falar muito somente com as imagens..

  2. Nossa que filme bosta ele não tem final parece que cortaram o filme pela metade e tomara que não tenha a parte 2 porque não vai ter nem 10% relevante

    1. vc não tem é vergonha de falar uma coisa dessas, o filme ficou perfeito, o filme é inspirado, comentários que nem o seu não passa de lixo, vc perdeu o seu tempo escrevendo isso!!!

  3. ACHEI O FILME UMA MERDA NOTA 0 OS PROTAGONISTAS CONTRA ERAM MUITO POUCO NÃO HOUVE UM BEIJO DELES E NO FINAL FICARAM SEPARADOS TOMARA QUE NÃO TENHA O SEGUNDO 👎👎👎👎

  4. Acabei de assistir e ameina trilha sonora só estou na dúvida se o clássico que ouvi era four Seasons ou lago dos cisnes mas show de bola

  5. Gostei bastante do texto e por causa dele vou assistir o filme. Uma observação apenas; quando você fala dos filmes franceses no primeiro parágrafo do texto me dá a impressão que, exceto o filme analisado, você viu apenas as obras dos anos 60 e 70 de cineastas franceses. Um abraço.

    1. Oi, Marco, que bom que gostou! E olha, não me toquei que dava essa impressão, mas obrigada pelo toque. Abs!

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