A lembrança de um amor de adolescência é o mote de Meu Eterno Primeiro Amor, filme australiano do diretor Luke Mayze e estrelado por Steven Rooke e Carlotta Morelli.
No enredo, Paul (Rooke) e Anna (Morelli) reencontram-se num movimentado mercado das Filipinas dezessete anos depois de terem vivido um rápido romance. Ela mudou muito, ele, nem tanto…
É difícil escrever sobre esse filme, uma vez que não há muito o que falar além de que Meu Eterno Primeiro Amor é uma das obras mais clichês à que assisti nos últimos tempos, sem dúvida assumindo a liderança dos filmes que se encaixam nesse adjetivo.
Mas deixe-me explicar. O clichê faz parte da arte tanto quanto faz parte da vida e, às vezes, ele é até necessário, ainda mais quando falamos de um romance, em que sentimos falta quando, por exemplo, o tão aguardado beijo entre os amantes não acontece.
Porém, esses estereótipos precisam ser misturados com algum diferencial de roteiro, o que, infelizmente, não aconteceu com a película em análise. Muito pelo contrário, o roteiro só fez potencializar os lugares-comuns que já conhecemos tão bem, e ainda os enfeitam com uma protagonista difícil de engolir. Na falta de um sinônimo melhor e sem querer usar de eufemismos, Anna é chata. Ponto. E é difícil seguir em um filme cuja personagem principal não cativa. Não fosse Paul segurando as pontas…
Sendo assim, Meu Eterno Primeiro Amor é uma sequência de quadros que mostra um homem apaixonado tentando reconquistar uma mulher que, claramente, não está na mesma vibe que ele, mas, para isso, se utiliza de um texto fraco com diálogos fracos e pouco empolgantes. E o clichê… aquele sutiã dela combinando com a camisa dele foi o auge!
Ademais e não menos importante, ouso dizer que os flashbacks utilizados para retratar a adolescência dos dois, na praia, chega a beirar a baranguice. E apesar de Paul ser a parte interessante do filme, seu foco se fecha como o diafragma da lente de sua câmera (ele é fotógrafo) em cima do elemento mais chato do filme, o objeto de sua paixão: Anna.
É fácil concluir, portanto, que Meu Eterno Primeiro Amor está longe querer ser um romance “à moda antiga”, preferindo mostrar a vida e seus acasos exatamente como eles são e, quanto a isso, não há absolutamente o menor problema. O que não ajudou mesmo foi o texto enfadonho da película. E o cinema já mostrou inúmeras vezes que a realidade, por mais difícil e diferente que seja do amor idílico da ficção, pode ser retratada de forma muito melhor. Um exemplo recente é O Alienista, excelente série da Netflix.
Por fim, o filme lembra aquele famoso e antigo hit do RPM do qual reproduzo apenas uma parte para fins de ilustração.
[…]
Qualquer mulher é sempre assim
Vocês são todas iguais
Nos enlouquecem então se esquecem
Já não querem mais
Agora eu sei
Passei por cada papel e rastejei
Tentando entrar no teu céu
Agora eu sei, sei, sei
Passei por cada papel me embriaguei
E acordei num bordel
Mais muito mais
[…]
Respostas de 28
Um pouco sofrível de ver, mas tem uma pegada um pouco diferente do tradicional. Assistiria de novo? Não.
Achei fofo e super me identifiquei. Quem nunca, amou e idealizou alguém quando jovem e por vezes pensou naquela situação… E se voltasse a acontecer ou se reencontrar…
Tem uma pegada meio “Antes do Amanhecer” misturada com um pouco de “500 dias com ela”, só que com uma protagonista excessivamente chata e com diálogos beeeeeeeem mais rasos.
Apesar disso, é um ótimo filme e conseguiu me trazer momentos de raiva (da Ana) e tristeza, afinal ele estava totalmente apaixonado e ela só queria se sentir novamente desejada.
Que final terrível. Fico com a impressão de que realmente os que amam de verdade, não são percebidos e são deixados de lado. Como “fofos”, mas incapazes de algo.
Concordo… Que tristeza, né, Marcelo??
Cada vez que achava que ia acontecer um diálogo maior, sexo; acho que isso foi proposital, mostrando que o que ela queria era apenas o momento, conversas mais sérias e profundas estragaria o momento dela. Quanto a ele, é aquele dado do bozó que vem sobrando, pobre homem hahah
Ela é péssima!
Insuportável, é a palavra que define Ana, adorei Paul, lindo carismático, simpático, filme muito ruim.
Paul é um fofo! Merece coisa melhor…
Odeio não assitir um filme até o final, sempre dou uma oportunidade acreditando que em algum momento será interessante. Mas me arrependi de ver esse filme, chato, mulher chata pra caramba e final vazio. Sinto que só perdi meu tempo.
Também detesto não assistir ao filme até o final.
Aconteceu bem assim comigo. Igualzinho.
Exatamente com as mesmas palavras que ela falou no filme. Tudo Igualzinho.
Nossa, que triste, André…
Ele, uma simpatia. Ela, chata de galocha. Fosse ele, teria desistido de ficar com ela no primeiro NÃO dela no mercado. Fui aguentando. A gota d’ água foi a sugestão sobre o tema fisiológico que ela sugeriu a ele. Desisti.
Hahahaha! Pois é… ela não merecia ele.
Terminei de assistir agora e, a respeito do fim, me trouxe dois sentimentos: Decepção (por ser tão ruim) e felicidade (por ela não ter ficado com ele, afinal, ele não merece MESMO alguém tão insuportável). Perdi meu tempo assistindo, apenas!
Ps: Que homem lindo, SENHOR!
HAHAHAHAHA! Ri alto com seu comentário, Ana!
Achei ótimo o filme. Diálogos realmente um pouco forçados mas gostei do drama e o final foi inesperado mostrando a realidade e o inesperado das conexões. Recomendo.
Q bom, Gabriel!!
Filme horrível, perdi meu tempo e não recomendo pra ninguém 😢
Pois é, Mônica, infelizmente…
Filme fraco de enredo e com final decepcionante! E sim, ela é insuportável!
HAHAHAHAHAHA!!
Passei o filme todo querendo matar ela , e ele um cara de 30 e poucos parecendo um adolescente . O final foi um vazio …
Melhor do filme foi a parte das Crianças .
Hahahaha!
Parabéns pela crítica. Eu nem consegui terminar o filme, de tão chato (sim, chato é a palavra). É aquele típico filme que você vê e fala “nossa, poderia ser BEM melhor”. Acredito que, quando a proposta é fazer um filme diferente do padrão que estamos acostumados, e, talvez até “alternativo”, é preciso que haja um sentido para que o filme seja feito de tal maneira. E não houve. O roteiro é fraco, os personagens são chatos (ao meu ver, tanto o homem quanto a mulher) e, sinceramente, não consegui absorver nada do filme. Acho que o filme tenta se aproximar mais da realidade, mas faz justamente o contrário, visto que muitas coisas ali são extremamente forçadas. Concordo totalmente com a breguice das cenas da praia. Não gosto de criticar um filme que eu nem sequer terminei de assistir, mas pela sua crítica consigo perceber que a visão do filme não parece se alterar do início ao fim. Que pena.
Exatamente, Larissa! Uma pena, porque poderia ter sido uma boa obra…
Parabéns ótima critica, principalmente citando RPM.
Obrigada! Legal demais RPM, né?