Dessa vez não teve assunto fora de contexto. Não teve desvios nem politicamente correto. Dessa vez, a Disney simplesmente seguiu o que se propôs a fazer: um live-action igual à sua animação original e pronto. O Rei Leão é sucesso absoluto! E devemos tudo isso a John Favreau, que merece palmas pela produção que estreou ontem (18).
É até difícil falar sobre o filme. O Rei Leão é um dos clássicos de animação mais conhecidos e mais queridos pelos fãs da Disney, principalmente daqueles que eram crianças na década de 1990. E quem assistir ao live-action de 2019 vai se emocionar tanto quanto em 1994 com a história de Simba.

Disney volta às savanas africanas para contar a origem de Mufasa e, sem querer, entrega uma história mais interessante sobre Scar.
A intenção era essa, não é mesmo? A fórmula do sucesso já estava ali, na mão. Agora era só mudar a forma – de animação para uma realidade virtual inédita no cinema (mais uma cortesia de Favreau para o público). Não mudaram o roteiro, deixaram tudo como lembrávamos e nos emocionaram exatamente como na primeira vez.
Caminhamos ao rumo do sol com os animais da floresta, olhamos para a esquerda e para a direita com Simba sempre em foco, nos preparamos para a aventura com Scar, conhecemos Hatuna Matata com Timão e Pumba e vimos o amor chegar na savana. Tudo certo. Tudo perfeito. Tudo igual.
E além disso, teve até uma surpresa muito bem-vinda: um easter egg musical de A Bela e a Fera (a canção Seja Nossa Convidada) inserido na cena em que Timão e Pumba distraem as hienas para que Simba e Nala possam entrar nas terras do reino novamente. Lindo.
Mas para não dizer que não houve sequer um pecado… Os arranjos musicais originais ainda são muito superiores, e fez falta a música Se Preparem, que Scar canta. Mas isso não atrapalhou em nada a grandiosidade da obra de John Favreau.
Palmas, Disney. Dessa vez, você mereceu.