A garçonete Frida (Naomi Ackie) é convidada pelo bilionário Slater King (Channing Tatum) e concorda em passar as férias em sua ilha particular. Mas em Pisque duas vezes o que parecia ser a viagem perfeita se torna uma experiência angustiante quando Jess (Alia Shawkat), a melhor amiga de Frida, desaparece.
No início do filme, os personagens são mostrados de uma forma que faz o público ter um pouco de “ranço”, mas a medida que a história avança, a gente vai se afeiçoando e acabamos torcendo por eles. E isso é muito bom, pois demonstra a capacidade do filme de desenvolver seus personagens de uma forma significativa.
Zoë Kravitz, teve muitos papéis memoráveis em sua carreira como atriz e aqui ela estreia na direção. Ela consegue colocar a tensão necessária para que o público fique vidrado no filme do início ao fim. O longa acaba lhe envolvendo em uma montanha-russa psicológica, com momentos de tensão e humor de forma moderada.
Com uma mulher comandando o filme, o feminismo é bastante abordado na trama, de forma natural e realista. A sonoridade entre as personagens amigas são muito bem exploradas, e nunca caindo no clichê de briga entre amigas.
A trilha sonora é outro ponto positivo. Num determinado momento do filme em que o entusiasmo invade os personagens, temos a música I’m That Girl, da Beyoncé – uma ótima adição para a cena. Há cenas bastante explícitas de violência com direito a sangue, porém a direção tem sensibilidade para que isso não agrida o telespectador.
Bom, em resumo, o saldo final de Pisque duas vezes é bastante positivo. Se eu pudesse te aconselhar algo antes de assistir esse filme: fuja de spoilers. A reviravolta te surpreende.