Emily em Paris (Emily in Paris), série da Netflix que se tornou uma sensação e foi parar na temporada de premiação, é o mais puro exemplo de que não é preciso muito para agradar. É o tipo de história que cumpre brilhantemente seu papel sem se apoiar em firulas ou roteiros complexos, bastando apenas um cenário lindo como Paris e uma protagonista leve e talentosa como Lily Collins. E saber juntá-los, é claro!
Essa é a história de Emily (Collins), uma garota comum de Chicago que, inesperadamente, recebe a chance de passar uma longa temporada em Paris à trabalho, mas quando chega lá, é recebida friamente por seus novos colegas. Aos poucos, porém, ela consegue fazer algumas amizades e os romances também irão persegui-la.
Já tendo interpretado a Branca de Neve em Espelho, Espelho Meu (2012), pode-se dizer que Collins está novamente envolvida em um conto de fadas, só que dessa vez, tão contemporâneo que nós mal percebemos. No entanto, todos os elementos estão ali, usando as novas roupagens da modernidade: redes sociais, moda, boates… E mesmo assim, Emily continua sendo a “princesa” e Gabriel (Lucas Bravo), continua sendo o “príncipe”.
Para quem já assistiu Sex And The City, portanto, não é difícil captar o estilo de Darren Star na produção, sendo ele o criador dos dois títulos. Todavia, com Emily em Paris o showrunner consegue atingir também o público mais jovem.
Obviamente fã de moda, Star insere o conceito o tempo toda em sua obra, começando pela escolha de Paris como pano de fundo, e depois vestindo Collins como a maioria das garotas gostaria de se vestir. Emily então se tornaria a modelo dos sonhos dessas meninas, mas talvez o pesadelo de alguns estilistas mais conservadores, como Pierre Cadault (Jean-Christophe Bouvet). E na era das redes sociais, nossa protagonista fofa consegue se tornar uma influencer muito maior do que Carrie (Sarah Jessica Parker) jamais foi.
Sendo assim, o poder do marketing é mostrado ostensivamente em cada um dos dez episódios, um retrato fiel de como o mundo funciona hoje: através da lente das câmeras de nossos celulares. Não é à toa que o smartphone de Emily exibe uma nada discreta capinha em forma de máquina fotográfica. Tal imagem, porém, é emoldurada de forma leve e divertida, mas o mais interessante é a forma como Star nos mostra Paris, exaltando-a e escarnecendo dela na mesma medida. A Cidade Luz é linda, mas seus habitantes podem se mostrar bastante inflexíveis quanto à sua cultura. Seu desprezo pelos americanos se torna nítido nessa série, embora tal regra não possa ser aplicado a 100% dos parisienses, como a super “gente boa” Camile (Camille Razat), e nosso príncipe, Gabriel.
Agradável em seu estilo, sutil em sua essência, contagiosos em todos os sentidos! Por tudo isso é que Emily em Paris foi tão bem aceito. Eis o motivo de seu merecido reconhecimento. Já estou ansiosa pela segunda temporada!
Respostas de 2
Não está na minha lista,mas depois da critica devo colocar.
Vale muito à pena!!