Quando o Telefone Toca

Quando o Telefone Toca tem um nome instigante, embora sua nota no IMDb (5.6) não seja tão animadora. Mesmo assim, a série fez um burburinho quando estreou na plataforma, o que talvez (mas muito provavelmente) possa ser atribuído ao gosto pelas produções orientais que vem crescendo exponencialmente há algum tempo (e não sem motivo, porque é muito divertido!).

Dizem que gostar de doramas é um caminho sem volta e cada vez mais entendo o porquê – eles trazem algo que, de alguma forma, fomos perdendo gradativamente depois da primeira década do século XXI aqui no ocidente. Somente assim para aguentar um quase Christian Grey coreano e uma outra Anastasia que, não bastasse, ainda é muda.

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A fórmula dominador/dominada ganhou espaço nessa loucura que é a psique humana e o audiovisual vai se aproveitar dela ao máximo, seja aqui (e acabamos de testemunhar mais um lançamento com a temática nos cinemas, Babygirl), seja do outro lado do mundo – e esperemos que este não seja um caminho sem volta. Mas como diz Roger Ebert, um dos grandes mestres analistas do Cinema, o segredo de uma história é muito menos o seu conteúdo do que a forma como ela é contada. E, como eu disse, esse formato de dorama, em geral, é muito divertido.

Já digo que Quando o Telefone Toca não é o melhor deles e as notas do IMDb e do Rotten Tomatoes (a deste último ainda pior que a do primeiro), se justificam (é preciso admitir) pelos enormes e inúmeros furos na trama. Elas não se justificam, no entanto, pelo fato de que a série, ainda assim, tem o potencial de nos segurar até o fim, sem muito esforço – diferentemente de umas e outras como o fatídico O Mito de Sísifo ou o superestimado e inacreditável O Rei de Porcelana – e por isso, deveria ter recebido mais crédito do que recebeu.

E o último episódio!… Bem, vou deixar para vocês conferirem e decidirem se vão atender o telefone ou não.