007 mulher? Jamais! Produtores de James Bond rejeitaram a ideia da Amazon e xingaram a gigante do comércio eletrônico

A franquia James Bond, sinônimo de martínis batidos (não misturados), carros velozes e espionagem charmosa, encontra-se em um cabo de guerra com um titã moderno: a Amazon. Depois de adquirir a MGM em 2022, a gigante do comércio eletrônico agora tem as chaves do reino do espião inglês, mas parece estar encontrando resistência por parte dos guardiões da franquia, a família Broccoli, especialmente no que diz respeito a criação de uma 007 mulher. O resultado? Uma mistura explosiva de tradição versus inovação, que pode redefinir o futuro do agente secreto mais famoso do mundo.

Entenda o choque de titãs

Barbara Broccoli, filha do lendário produtor “Cubby” Broccoli, e seu meio-irmão Michael Wilson, são os atuais guardiões do legado Bond. Eles controlam a Eon Productions, a produtora responsável pelos filmes, e possuem um poder de veto sobre praticamente tudo relacionado ao personagem, desde os roteiros até a escolha do próximo ator a vestir o smoking. A Amazon, por sua vez, está acostumada a ditar as regras do jogo no mundo digital, utilizando algoritmos e dados para tomar decisões. Esse choque de culturas é o cerne do conflito.

A “Amazona Bond” e outras Ideias “malucas”:

Segundo o New York Post, a Amazon propôs diversas ideias para expandir o universo Bond em seu serviço de streaming, Prime Video, incluindo um spin-off focado em Miss Moneypenny, a icônica secretária de M. A cereja do bolo (ou seria a granada no martini?) foi a sugestão de uma versão feminina e woke de 007. A reação de Broccoli? “Idiotas do caralho”, teria dito a produtora a amigos, segundo a matéria.

A ideia de uma 007 mulher, por si só, não é o problema. A questão, do ponto de vista dos Broccoli, parece ser a abordagem. Eles não se opõem a um ator gay ou não branco no papel principal, desde que seja britânico. O que eles rejeitam é a interferência da Amazon no que consideram uma herança sagrada de família. Para Broccoli, Bond não é apenas “conteúdo”, como teria dito Jennifer Salke, chefe da Amazon Studios. É uma obra de arte a ser protegida de experimentos corporativos.

E o futuro do agente secreto?

A disputa entre a Amazon e os Broccoli levanta questões importantes sobre o futuro da franquia. A Amazon, com seu poderio financeiro e alcance global, poderia levar Bond a novos patamares, explorando plataformas e formatos “inovadores”. Por outro lado, a visão tradicional dos Broccoli garante a preservação da essência do personagem, evitando que ele se perca em meio às tendências passageiras.

A grande questão é: como conciliar tradição e inovação sem sacrificar a alma de James Bond? A resposta, como um bom drink, precisa ser cuidadosamente elaborada. O futuro de 007 depende desse delicado equilíbrio.

A batalha entre a Amazon e os Broccoli é um reflexo do dilema que muitas franquias clássicas enfrentam na era do streaming e da cultura woke. Resta-nos aguardar os próximos capítulos dessa saga e torcer para que o agente secreto continue a nos entreter com suas aventuras por muitos anos. Afinal, o mundo precisa de James Bond, agora mais do que nunca.

Fonte: Ny Post