O crítico Jacques Mandelbaum, do Le Monde, um dos principais veículos da imprensa francesa, não se impressionou nem se comoveu com Ainda Estou Aqui, longa de Walter Salles que culminou na premiação de Fernanda Torres com o Globo de Ouro.
Em sua crítica, Mandelbaum destacou a “concentração melodramática” da trama na figura de Eunice Paiva e chamou a atuação da atriz de “monocórdica”. Ele argumenta também que a performance de Fernanda Torres é uma representação quase religiosa do sofrimento, em contraposição ao trabalho de Sônia Braga em Aquarius. Finalmente, deu nota um para o filme, em uma escala de quatro.
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Le Monde chama atuação de Fernanda Torres no filme de Walter Salles de monocórdica.
É claro que o Le Monde não representa toda a imprensa da França, sendo que outros veículos, como o Le Figaro, teceram elogios ao longa. No entanto, não se pode ignorar o peso do jornal na opinião pública, ainda mais quando o filme é uma coprodução Brasil-França.
Baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui é ambientado no Rio de Janeiro, no início dos anos 70, durante o período da ditadura militar, e é centrado na família Paiva, quando uma mãe de cinco filhos é obrigada a se reinventar depois que o marido desaparece sob custódia.
O filme, que já atraiu mais de 3 milhões de espectadores no cinema doméstico, segue em cartaz no Brasil.
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