A atriz Scarlett Johansson recentemente abriu um processo contra a Disney por quebra de contrato no filme Viúva Negra, que estreou no dia 08 de julho. Johansson alega que foi prejudicada, uma vez que os termos do contrato garantiam estreia exclusiva nos cinemas e a Disney, violando a cláusula, decidiu lançar o longa simultaneamente nos cinemas e no streaming Disney+.
Ato contínuo, a Disney respondeu com uma nota extremamente infeliz na qual chama a atriz de “insensível diante do cenário da pandemia do COVID-19” e ainda revelando o salário que ela recebeu até o momento por sua performance.
“A Disney cumpriu totalmente seu contrato com a Sra. Johansson e, além disso, o lançamento de Viúva Negra no Premier Access do Disney+ aumentou significativamente sua habilidade de ter ganhos adicionais além dos US$ 20 milhões que ela já recebeu até agora“, disse a empresa.
Processos como esses (e existem muitos deles) geralmente ocorrem em silêncio por meio de negociação ou arbitragem, mas Johansson (ou pelo menos seus representantes), quiseram torná-lo público em grande escala – a manchete do The Wall Street Journal cronometrada com o arquivamento do processo provam este fato.
No entanto, em matéria publicada na última sexta (30), o The Hollywood Reporter explica que a Disney tem melhores chances de ganhar essa demanda na justiça. Minúcias do contrato, como cláusulas ambíguas, e um motivo de força maior (a pandemia), poderão pesar muito na decisão da Corte – sim, apesar da nota infeliz, a Disney pode sim usar o Covid-19 como motivo para ter agido do que jeito que agiu, ou seja, lançar Viúva Negra simultaneamente nos cinemas e no streaming.
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Apesar disso e mesmo se assim for, a provável vitória da empresa do Mickey terá um sabor agridoce, já que o processo de Johansson abriu um precedente muito perigoso para a companhia (e as outras empresas que possuem streaming) e pode gerar um efeito cascata sem precedentes. Usando o peso que tem (Johansson é uma das atrizes mais bem pagas da história do cinema), a atriz abriu caminho para que seus colegas menos “privilegiados” também comecem a lutar pelos seus direitos. Emma Stone e Emily Blunt, por exemplo, já pensam em fazer o mesmo que a intérprete de Natasha Romanoff e processar a Disney pelo lançamento simultâneo nos cinemas e no streaming dos filmes Cruella e Jungle Cruise, respectivamente.
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Sendo assim, ter tornado o processo público foi a maior manobra que os representantes de Johansson poderiam ter feito. Agora o público está de olho.
O maior significado disso tudo, no entanto, é que assim como em vários outros aspectos, a pandemia do Covid-19 alterou profundamente o mundo do entretenimento. Ele jamais será o mesmo.
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Entendi melhor com a sua explicação
Oba!