O “efeito No Way Home” (2021) tomou conta de Hollywood. Após o sucesso estrondoso do terceiro filme do Homem-Aranha de Tom Holland, os grandes estúdios redescobriram uma fórmula eficaz: o reboot. A nostalgia de várias gerações tem lotado as salas de cinema e quebrado recordes de bilheteria. Diante desses resultados, a pergunta que não quer calar é: até quando essa fórmula vai funcionar?
É evidente a crescente falta de criatividade nas grandes produções, onde narrativas inovadoras e roteiros bem elaborados estão se tornando raridades. Em vez disso, o que prevalece é a nostalgia pela nostalgia. Não importa se há um contexto coerente ou não; para muitos diretores, a simples presença de uma figura nostálgica já parece suficiente para atrair o público ao cinema, especialmente em um cenário onde o streaming domina cada vez mais as preferências.
Essa realidade mostrou aos estúdios que o que ainda leva as pessoas ao cinema é essa nova fórmula do sucesso. Mas até quando? Existe um limite para a nostalgia? Memória afetiva ou qualidade técnica? O público se divide: enquanto alguns acreditam que essa tendência está saturada, outros ainda anseiam pelo retorno de grandes personagens do passado. O resultado dessa disputa só o tempo dirá.
