O trailer de Better Man – A História de Robbie Williams finalmente chegou, e ele é tão excêntrico e imprevisível quanto o próprio cantor. Esqueça as cinebiografias tradicionais cheias de clichês e narrativas lineares. Michael Gracey, o mesmo diretor que nos encantou com a exuberância visual de O Rei do Show, retorna com uma proposta ousada: contar a trajetória de Robbie Williams… como um macaco. Sim, você leu certo.
O release oficial, divulgado pela Diamond Films, destaca essa escolha inusitada, justificando-a como um reflexo da maneira como o próprio Robbie se via na indústria musical. E o trailer confirma essa abordagem surreal, mostrando o macaco-Robbie em diferentes fases de sua carreira, desde os tempos de Take That até sua consagração como artista solo. A transformação não é literal durante todo o filme, como o trailer revela, havendo momentos em que o cantor é interpretado por um ator “humano”, Jonno Davies. Essa alternância entre realidade e fantasia parece ser a chave para compreender a proposta de Gracey, sugerindo uma imersão na psique complexa do artista.
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Visualmente, o trailer é um deleite. A fotografia vibrante e a edição dinâmica capturam a energia contagiante dos palcos e a atmosfera efervescente que permeia a vida de uma estrela pop. As cenas musicais, com coreografias elaboradas e figurinos extravagantes, prometem recriar os momentos mais icônicos da carreira de Robbie, transportando o espectador para dentro de seus shows memoráveis. A trilha sonora, é claro, é um show à parte, trazendo clássicos como Angels e Rock DJ em arranjos que parecem mesclar o antigo e o novo, criando uma atmosfera nostálgica e ao mesmo tempo contemporânea.
Mas Better Man não se limita apenas aos holofotes e à glória. O trailer também sugere que o filme explorará os bastidores da fama, as pressões, as inseguranças e os conflitos internos que acompanham uma figura pública tão exposta como Robbie Williams. A figura do macaco, nesse contexto, ganha uma nova camada de significado, representando talvez a vulnerabilidade e a fragilidade por trás da persona performática. A presença de Steve Pemberton como o pai do cantor indica que as relações familiares também terão um papel importante na narrativa, possivelmente explorando as raízes da complexidade emocional de Robbie.
A ousadia narrativa de Gracey pode dividir opiniões. Alguns podem encarar a representação de Robbie como um macaco como uma alegoria forçada ou até mesmo desrespeitosa. Outros, no entanto, verão nessa escolha criativa uma forma de subverter as convenções do gênero biográfico e oferecer uma perspectiva mais profunda e introspectiva sobre a vida do artista. De qualquer forma, Better Man tem tudo para ser um filme que foge do lugar-comum, provocando reflexões e discussões acaloradas entre os cinéfilos.
Em tempos de cinebiografias formulaicas, a chegada de Better Man – A História de Robbie Williams é um sopro de ar fresco. Seja pela curiosidade de ver como a metáfora do macaco se desdobra ao longo da narrativa, seja pela expectativa de reviver os hits que marcaram uma geração, o filme promete ser uma experiência cinematográfica singular. Preparem a pipoca e os ouvidos, porque a estreia em 6 de março tem tudo para ser um evento imperdível. Resta saber se o filme, assim como o próprio Robbie, conseguirá se equilibrar entre a ousadia e a genialidade, sem cair no ridículo. A aposta é alta, mas o potencial para um espetáculo memorável é inegável.
