Rhaenyra e Aegon II
Rhaenyra e Aegon II

Artigo

O Mundo de Gelo e Fogo | Uma análise: Aegon II e Rhaenyra Targaryen

Publicado 3 anos atrás
Não há como falar do rei Aegon II sem falar na rainha Rhaenyra Targaryen que, apesar das controvérsias, foi sim rainha do Westeros. Foram eles os protagonistas da Dança dos Dragões, talvez a mais sangrenta guerra que os Sete Reinos já tenham conhecido. Irmãos pelo lado do pai, o rei Viserys I, Aegon e Rhaenyra nunca se deram bem. Conhecida como Deleite do Reino e filha de Viserys com sua primeira mulher, Aemma Arryn, Rhaenyra tinha toda a beleza dos Targaryen e era querida por todos, mas principalmente por seu pai, que a amava tanto que fez dela sua escanção e depois a nomeou princesa de Pedra do Dragão, sua herdeira legítima, destinando-a a assumir o Trono de Ferro depois de sua morte. Nunca nenhuma mulher tinha governado antes (a não ser como regente) e Viserys poderia estar abrindo um precedente sem volta. Essa atitude acabou desagradando metade dos Sete Reinos uma vez que, como sabemos, estamos falando de uma sociedade machista e extremamente conservadora. Ninguém ficou mais irritada com a nomeação de Rhaenyra, porém, do que sua madrasta, Alicent Hightower, com quem Viserys havia se casado depois da morte de Aemma, que não conseguiu dar ao rei nenhum filho varão. Considerada uma das mulheres mais bonitas do Westeros, Alicent era filha da Mão de Viserys, Otto Hightower, e se mostrou também muito inteligente e ardilosa. Ao contrário de Aemma, ela deu a Viserys três filhos e chamou o mais velho de Aegon. Mas o ciúme e o orgulho a levaram a ser uma das peças mais importantes da guerra que estava por vir, uma vez que, para ela, Aegon era o verdadeiro e legítimo herdeiro de Viserys. Metade da corte, assim como metade dos Sete Reinos, concordava com ela. Um homem alegre e partidário da política do bom relacionamento, Viserys não deu a importância que deveria à rixa das duas mulheres de sua vida e, quando tomou uma atitude, separando-as, já era tarde demais, porque as sementes do verdadeiro ódio já tinha sido plantada. Então um dia, madrasta a enteada compareceram a um grande baile oferecido pela Coroa trajando vestidos de cores diferentes, Alicent de verde e Rhaenyra de preto. O evento foi um marco na história do Westeros, porque nesse momento os partidários da rainha foram chamados de Verdes, e os da princesa de Pretos. Não custa lembrar também que Rhaenyra era cavaleira de dragão e montava a Syrax.

O casamento de Rhaenyra com Laenor Velaryon

Rhaenyra se casou com Laenor Velaryon, mas muitas histórias controversas giram em torno dessa união. Nem ela nem ele queriam se casar. Ao que tudo indica, Rhaenyra era apaixonada por seu cavaleiro protetor, sor Criston Cole, mas isso não pode ser confirmado. Outros fortes indícios indicam que a princesa se envolveu com Harwin Strong, o Quebra-Ossos, depois de ter sido rejeitada por Cole (ou rejeitado ele), e que os seus três primeiro filhos, Jace, Luke e Joffrey, eram na verdade Strong, e não de seu marido. Como era de se esperar, esse casamento não foi feliz.

O casamento de Rhaenyra com Daemon Targaryen

Depois da morte de Laenor em circuntâncias muito estranhas, Rhaenyra se casou com seu tio, Damon Targaryen, o problemático irmão mais novo de Viserys, um guerreiro brutal e habilidoso, amado e odiado na mesma medida. Ele montava o perigoso Caraxes e era o seu mais fervoroso apoiador, mesmo que o casamento dos dois tenha sido mais político do que por amor. Foi ele que, e, Pedra do Dragão, a coroou rainha dos Sete Reinos depois que Alicent fez o mesmo com Aegon em Porto Real. Com Daemon, Rhaenyra teve mais dois filhos, Aegon e Viserys.

O casamento de Aegon II e Helaena

Como era costume dos Targaryen, Aegon II se casou com sua irmã, Helaena, a única filha que Alicent deu a Viserys. Devasso e beberrão, Aegon nunca se importou muito com ela, mas cumpriu seu dever e a engravidou de gêmeos. Nasceram então Jaehaerys e Jaehaera e, um tempo depois, veio mais um garotinho, Maelor. Mesmo assim, ele continuou traindo sua mulher sem qualquer descrição.

A Dança dos Dragões

A Dança dos Dragões, como ficou conhecida a guerra entre os Verdes e os Pretos, começou com a morte de Viserys I, em 129 d.C.. Foi um tempo brutal de muita violência e, pela primeira vez, dragão lutou contra dragão. Ao lado de Rhaenyra estavam senhores muito importantes, sendo o mais poderoso deles o lorde Corlys Velaryon, o senhor de Derivamarca, conhecido como Serpente Marinha, um dos homens mais notáveis que o Westeros já conheceu. Dono da frota mais importante dos Sete Reinos e casado com a princesa Rhaenys, a Rainha Que Nunca Foi, ele foi nomeado Mão da Rainha. Porém Aegon II não ficava muito atrás, reunindo famílias importantes entre seus apoiadores, sendo a mais importante delas os Hightower de Vilavelha, a Casa de sua mãe, Alicent. Em um ataque de fúria, ele demitiu seu avô, Otto Hightower, do cargo de Mão de Rei, colocando em seu lugar Criston Cole, antes um Preto declarado e agora um Verde fervoroso. A guerra começou com diplomacia, mas não demorou muito para que esse quadro se transformasse radicalmente. Não foi supresa, portanto, quando o filhos de Alicent e Rhaenyra que, como suas mães, se odiavam, começaram a se matar. Aemond, segundo filho da rainha mais velha, matou Lucerys, segundo filho da mais nova e, depois disso, o que já era ruim, ficou pior. Por vingança, Daemon mandou matar um dos filhos de Aegon e, então, morreu Jaehaerys. Esse episódio fez a rainha Helaena ficar louca e ela nunca mais se recuperou. Um tempo depois ela se jogou (ou foi atirada) da janela de seus aposentos diretamente para o fosso seco cheio de estacas que ficava abaixo da Fortaleza Vermelha. As batalhas continuaram se espalhando, sendo que as Terras Fluviais foram as mais afetadas. Em uma delas, Aegon II, montado em Sunfyre, o mais belo dragão que já existiu, foi pessoalmente enfrentar a tia, Rhaenys Targaryen, que montava Meleys. Ele venceu, mas o preço que pagou, foi alto. O rei teve metade do corpo queimado e quebrou a bacia. Aegon ficou um ano enfurnado em seus aposentos, se recuperando e, nesse tempo, muita coisa aconteceu. Aemond, seu irmão, tornou-se regente e Jace, o filho mais velho de Rhaenyra, um rapaz muito inteligente e capaz que liderou os negros quando a mãe não podia, morreu em uma batalha no mar, nas proximidades de Derivamarca. Depois disso, por meio de um estratagema montado com muito cuidado, a rainha tomou Porto Real e, numa batalha épica em Harenhall, Aemond e Daemon também morreram, levando consigo seus respectivos e extraordinários dragões, Vhagar e Caraxes. Enquanto isso, o rei Aegon conseguiu fugir e ficou algum tempo desaparecido e o último filho de Rhaenyra com Laenor Velaryon, Joffrey, também pereceu. A ela só restava agora Aegon, uma vez que Viserys tinha sido sequestrado há algum tempo e ao que tudo indicava, também estava morto. Quanto ao rei Aegon II, a ele também só restava uma filha, Jaehaera, já que Maelor havia sido assassinado quando estava sendo levado a um local seguro junto aos Hightower. Assim, nessas circunstâncias desesperadoras, o último embate entre os irmãos inimigos se deu em Pedra do Dragão. Foi para lá que a rainha empobrecida e meio enlouquecida se dirigiu, ignorando os conselhos de seus aliados, sem saber que o rei Aegon estava ali, esperando por ela. Encurralada, Rhaenyra foi queimada e engolida pelo dragão Sunfyre enquanto seu filho, Aegon, assistia a tudo, aturdido. Mas a Dança ainda não havia acabado e não parecia que Aegon tinha vencido. Ele voltou a Porto Real somente para ser envenenado depois de um curto e turbulento reinado. Foi então que Corlys Velaryon, um dos poucos sobreviventes mais importantes dessa época terrível, tendo assumido o cargo de Mão do Rei, tentou amenizar as consequência dessa guerra horripilante. Ele tratou de juntar os ramos inimigos da Casa Targaryen casando o filho de Rhaenyra, Aegon, com a filha de Aegon II, Jaehaera, ambos crianças irremediavelmente traumatizadas e tristes. Começava então um longo período de regência, uma vez que o novo rei, Aegon III, ainda era muito novo para governar com as próprias mãos. Ele iria herdar um reino arruinado, enfraquecido e cheio de resquícios das antigas rixas entre os Pretos e os Verdes, uma época em que os magníficos dragões que haviam dançado, foram praticamente dizimados. Valar Morghulis.
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