Crítica | Nove Desconhecidos – S1E6

SPOILER ALERT!

Bem-vindos(as) ao episódio mais psicodélico de Nove Desconhecidos! Depois de Frances (Melissa McCarthy) ter uma visão bastante estranha com um Paul (Ben Falcone) em estilo duende fazendo troça dela; e do sonho “guiado” de Lars (Luke Evans) em que ele se vê pequeno sofrendo bullying pelos colegas de escola, Masha (Nicole Kidman) aumenta a dose das drogas que está dando a seus hóspedes. E o resultado foi além do que ela esperava. As coisas parecem estar começando a sair de seu controle, mesmo que ela não queira admitir isso.

Para o público, por outro lado, o resultado foi o episódio mais imersivo de toda a temporada. A utilização de uma lente que retorna um efeito desfocado somado ao uso de ângulos inclinados, faz parecer que nós estamos na mesma “onda” dos nossos heróis e heroínas (sem trocadilhos!) chapados, chegando mesmo a ser até um pouco desconfortável em alguns momentos.

De fato, é claro que alguns hóspedes são mais e outro menos afetados pelas substâncias que estão ingerindo. Dessa vez os Marconi tiveram uma experiência em conjunto não muito agradável, e a revelação de que Header (Asher Keddie) pode ter sido a responsável pela morte de Zach (Hal Cumpston) – por conscientemente ter dado a ele um remédio novo cujo um dos efeitos colaterais é a ideação suicida – pode acabar com seu casamento com Napoleon (Michael Shannon).

E por falar em revelações, esse episódio teve algumas, e a mais interessante delas foi a de que Masha teve um caso com o marido de Carmel (Regina Hall). Será que a doce e aparentemente inofensiva hóspede é a cabeça por trás das estranhas ameaças que Masha vem recebendo? Alguém ficou realmente convencido de que ela foi para o Tranquillum somente para “analisar” a mulher que, como ela mesma disse, foi o catalisador que acabou com seu casamento?

Ora, a presença de cada um ali, longe de ser aleatória (qualquer rico que pudesse pagar um spa de luxo) parece ser extremamente estratégica, o que fica cada vez mais claro. Muito sintomático Masha ter entregado a Lars um telefone para que ele pudesse capturar imagens que o ajudassem em sua matéria jornalística. E a dona do resort parece estar bastante interessada no que o jornalista pode escrever.

Outro detalhe que veio à tona foi o de que o Tranquillum está sofrendo um pesado processo de hóspedes anteriores, o que causou problemas nas finanças do lugar. O que será que aconteceu? Ademais, Masha parece estar perdendo seus fiéis escudeiros, que parecem enxergá-los, assim como todos os outros, como uma espécie de deidade. Delilah (Tiffany Boone) e Yao (Manny Jacinto), não estão curtindo muito essa nova “fase” dos métodos da chefe, que eles acreditam estar sendo aplicado rápido demais, e seria péssimo para nossa protagonista tê-los como inimigos…

Por outro lado, longe das tramas mais pesadas, há também o momento fofo entre Frances e Tony (Bobby Cannavale), cuja relação está começando a se tornar cada vez mais íntima. Talvez algo bom consiga sair dessa experiência cheia de mistérios à que estamos assistindo.

Que venha o penúltimo episódio. Ainda há muito pra ser contado!