ALERTA DE SPOILER!
Quando The Sinner estreou há 3 anos, em 2017, surpreendeu pelo sucesso e grande repercussão que teve. A série dramática de suspense estrelada por Jessica Biel e Bill Pullman tinha sido originalmente pensada por seus realizadores para ser limitada, ou seja, para ter somente uma temporada… e assim deveria ter continuado.
Mesmo assim, para sofrer do pecado-de-não-saber-parar de muitas produções que existem por aí, a USA Network resolveu estender o seriado para mais uma e depois para uma terceira temporada, numa escalada descendente destinada ao fracasso. Sendo assim, de Cora (temporada 1), passando por Julian (temporada 2) e chegando a Jamie (temporada 3), The Sinner só conseguiu estragar o que um dia tinha sido uma excelente série. Uma pena.
Dessa vez, acompanhamos a estranha história de Jamie (Matt Bomer), um homem extremamente bem-apessoado (gato mesmo!), mas dono de uma mente completamente desestruturada. Mantém-se assim a marca psicológica que tão bem conhecemos, mas que nem de longe foi tão bem construída ou instigante quanto a primeira parte, a de Cora (Jessica Biel).
A complexidade da mente humana (tão bem retratada lá em 2017) está tão distante de ser novamente bem abordada quanto a tristeza da loucura, numa trama que se tornou somente estranha e pouco cativante, mesmo levando em consideraçãi a boa atuação de sempre de Pullman. Por outro lado, Bomer e Chris Messina, que interpreta o melhor amigo de Jamie, Nick Haas, deveriam disputar o Emmy de personagem mais chato do ano (perdoem-me a franqueza, mas foi difícil!).
Seguindo nessa linha de pensamento, é fácil perdoar quando uma história possui um ou outro personagem aperreante, mas quando começam a aparecer vários, as coisas se complicam para a boa aceitação. Sonya Barzel, a artista solitária interpretada por Jessica Hecht, também não fica muito atrás na esquisitice.
Tudo, aliás, é estranho nessa nova temporada de The Sinner, a começar pela relação entre Jamie e Nick, que mal pode ser definida (no início parece mesmo ser amorosa), uma amizade de juventude que, como todas as testemunhas dela confirmaram, era tóxica, mas que obviamente era mais (será que pior?) do que isso.
E mais estranha do que essa amizade, só mesmo a reaproximação deles depois de vários anos afastados. Aqui encontramos a forte presença da filosofia de Nietzsche, a Übermensch (Além-Homem), que acaba definindo a vida dos dois amigos, sendo um (Nick) mais influenciável e outro (Nick), com tendências autodestrutivas. Eles estão retomam a busca por uma justificativa para sua existência, mas tudo é baseado na sorte ou azar. A coisa é toda tão complexa que precisaríamos de muito mais do que apenas oito episódios para entender.
Continuando, temos um Harry Ambrose (Pullman) workaholic que não só recusa a aposentadoria depois de uma vida lidando com bandidos, como também se muda para uma casa afastada do resto do mundo. Para culminar, há a ligação que Ambrose mais uma vez constrói com seu investigado, chegando até mesmo a sucumbir à influência de Jamie. Para isso não existe nenhuma justificativa que não seja a de que ele também tem algum transtorno psicológico, gerado principalmente pela relação ruim que o detetive possuía com o pai. Mesmo assim, tudo continua estranho.
Infelizmente, o que aconteceu é que The Sinner pecou porque não soube parar. Não há nada que salve essa terceira parte. Aliás, minto. Tenho que dar crédito à atuação de Matt Boman, que conseguiu viver a transformação do personagem rumo à filosofia nietzschiana e à loucura de forma bastante visível e convincente ao longo dos episódios. Não obstante, não havia necessidade de nenhuma sequência. A verdade é que a série deveria ter se mantido no projeto de uma temporada só.
Respostas de 13
Um paradoxo, em especial as atitudes de um policial experiente. Chocante a visão do autor deste terceiro episódio, que subestima a inteligência do público, colocando atitudes idiotas e improváveis em vários personagens. Uma porcaria sem tamanho…
Infelizmente, tenho que concordar… Esperava bem mais…
Hi there,
Huge fan of your content here!
Anyway – to keep this short. Could you please let me know if this is a right address for and editorial inquiry?
If not, I would appreciate if you can direct me to the right one.
I know that has a great potential an a real base of visitors so I would really like to start a collaboration with you. Could you tell me if you would be willing to accept any type of guest post, editorial or or other form of link placement?
Seeing that it’s pretty hard to match your writing style, I think it would be a lot better if you could include a link to our website into a new or even older article of yours, for a fee.
If this sounds like something you could do, simply reply to this email, tell me your guest post or external link policy and the price to have our website promoted on yours, and let’s make a deal! 🙂
Thanks,
Lora Stonden
Que péssima e rasa visão para o que foi essa temporada, você realmente não entendeu nada.
Ainda bem! Achei que estava ficando doida. A temporada é chata, forçada e arrastada. Não tem nada que salve nela. Mas vi várias pessoas elogiando exageradamente, usando de filosofia barata para justificar o injustificável: o quanto a temporada foi ruim.
Sim, Carla!! Exatamente! Temos que olhar a verdade é não usar um pseudointelectualismo como justificativa, né?
Relatou exatamente o meu descontentamento, as duas primeiras maravilhosas, agora essa literalmente ruim!
😍😍😍
Crítica fraca a sua. Excelente temporada pra quem gosta do gênero…só tá 100% nos sites agraciados.
Eu não gostei nem um pouco dessa terceira temporada. As duas anteriores foram melhores.
Eita,vou nem perder meu precioso tempo.
Concordo!!!
😄😄😄