Crítica de filme

A Gruta

Publicado 4 anos atrás

O filme A Gruta, do diretor Arthur Vinciprova, que também atua no longa, estreiou recentemente na Amazon Prime Video, sendo mais uma tentativa do cinema nacional no cinema de gênero.

Sendo assim, a primeira coisa que eu coisa dizer aqui é que adoro quando o Brasil se volta para o terror, já que é um gênero que pessoalmente me agrada muito. Inclusive, uma das obra de horror que eu mais gosto é nacional: Supermax, série da Globo de 2016 que, infelizmente, não foi para frente. Mas já de início posso dizer que A Gruta decepciona bastante.

O filme conta a história de um grupo de pessoas que resolve fazer turismo em uma gruta interditada, porém coisas estranhas começam a acontecer, a gruta desaba e só Jesus (interpretado pelo próprio Arthur Vinciprova) sobrevive. Sem querer falar com a polícia, ele acaba pedindo ajuda pra uma freira, Helena, personagem da Carolina Ferraz.

a gruta carolina ferraz

Dessa forma, dá para notar que a premissa é muito interessante e gostei principalmente do jeito como a religião foi colocada dentro do contexto e de como ela está sempre presente, seja no cenário ou no diálogo. Mas a partir daí tudo começa a dar errado, uma vez que nada do que poderia fazer do filme uma obra excelente acontece de fato.

Assim, posso começar falando da própria Helena que é uma personagem muito rica que é pouquíssimo explorada: uma freira que tem vícios (ela fuma) e um passado misterioso que deixa o expectador muito curioso. Inclusive, há uma cena bastante sensual que acontece dentro de uma banheira (ela tem alguma coisa com a água que também é muito interessante).

Nesse ínterim, todas as melhores situações do filme (que são muito poucas, infelizmente) são as que acontecem com ela e é por isso que em minha humilde opinião, o foco real da história devia estar nela já que a personagem é sem dúvida o ponto forte da história.

Dessa maneira, quando passamos para a parte da gruta propriamente dita, é aí que o filme começa a pecar. Para início de conversa, as atuações são muito fracas  e, tirando a Carolina Ferraz, ninguém salva – e quando as atuações são fracas, sabemos que é difícil salvar um filme. Para isso, o roteiro teria que ser muito bom, o que não acontece com A Gruta. Pelo contrário, o roteiro é muito pouco consistente.

a gruta casal

Nessa linha de raciocínio, por exemplo, as explicações de por que a gruta estava interditada não conseguem convencer ninguém e tudo acontece rápido demais – a sensação que passa é que tudo ficou muito jogado para dar tempo de a história ficar alternando entre o passado e o futuro, já que a ideia era de que os eventos na gruta fossem contados em flashback.

Assim, o resultado final foi um filme genérico que falha em tudo o que tentou e nem as investidas com o jump scare dão muito certo.

No mais, a fotografia é bem legal e a trilha sonora até que funciona, mas o público não é bobo!

Enfim, A Gruta é um filme cheio de ideias boas que poderiam ter sido bem exploradas, mas nenhuma realmente  foi (o que é uma pena!). Horror não é tarefa fácil, mas valeu a tentativa.

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a gruta poster maior
País: Brasil
Idioma: Português

Respostas de 8

  1. Assisti ontem e concordo! Somente Carolina Ferraz sava nesse filme, que tem história boa, mas atuações péssimas!

  2. Assisti o filme. Audio ruim.
    Hos baixo nas falas e muito alta nos climax.
    Filme todo no escuro.
    Lenso aki foi eu entendi.

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