Crítica de filme

Crítica | ‘Trolls 2’ é uma das melhores animações do ano

Publicado 4 anos atrás

“Trolls só querem curtir”, diz o refrão da música da nova animação da DreamWorks, Trolls 2, que chegou para repetir o sucesso do filme anterior, de 2016. E “curtir” é realmente o que a criançada vai fazer nas salas do cinema quando forem assistir a esse longa dos diretores Walt Dohrn e David P. Smith. Até eu, que não sou mais criança, me vi sorrindo e saí da sessão mais leve depois de conhecer mais essa história das felizes e alegres criaturinhas coloridas que são os trolls.

Nesse filme de sequência, Poppy e Tronco (cujas vozes são emprestadas por Anna Kendrick e Justin Timberlake na versão original em inglês) embarcam em mais uma aventura quando descobrem que não estão sozinhos no mundo, mas que existem vários outros tipos de trolls que cantam e dançam músicas diferentes das deles e que a rainha do rock, Barb, quer destruir todos os outros estilos musicais e fazer com que todos toquem rock.

trolls 2 barb

Na verdade, existe até uma vibe meio bíblica quando o rei Peppy explica que, no começo, os trolls viviam em harmonia quando todos os seis ritmos da música (Pop, Sertanejo, Clássico, Rock, Techno e Funk) estavam unidos em um só instrumento. Porém, quando as brigas começaram e cada troll defendia um estilo como o melhor, as tribos se separaram levando consigo uma das seis cordas musicais – qualquer associação com as seis joias do infinito de Vingadores, da Marvel, não é mera coincidência.

trolls 2 poppy

Sendo assim, não há pudor em dizer o quanto é divertido assistir à essa engraçada historinha, quando Poppy e Tronco vão visitar cada parte do mundo e seus estilos e descobrir que há muito mais por aí do que sua própria bolha. De forma leve e descomplicada, são várias as lições que se apresentam de maneira a expandir a consciência sobre as diferenças, e de entender como são elas (as diferenças) que tornam a vida colorida. As imagens ricas e cheias de cores características do filme mostram como é feio quando tudo é reduzido a uma massa cinzenta monocromática e monocórdica, e que não existe música quando todos tocam a mesma nota.

Em suma Trolls 2 está aí para reforçar aquele velho ditado que diz: o que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho? Ou, para ajustarmos melhor as palavras ao contexto, o que seria do Pop, do Rock ou do Clássico se todos gostassem do Sertanejo, do Techno ou do Funk? A resposta já foi dada e é ilustrada por esse excelente longa que já chegou entrando para o topo da minha lista de animações preferidas. O mundo é grande e tem espaço para todos. Agora só nos resta curtir.

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trolls 2 poster
País: EUA
Idioma: Inglês

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