Crítica de filme

Crítica | Venom: Tempo de Carnificina

Publicado 3 anos atrás

Podem ter sido vários os motivos – ou a mistura deles – que contribuíram para a melhora substancial que ocorreu de Venom em 2018 para o novo Venom: Tempo de Carnificina, que estreia agora nos cinemas. A troca do diretor depois das críticas compreensivelmente negativas que o primeiro filme atraiu pode ter sido um deles, mas o fato é que essa melhora aconteceu! Dessa forma, depois do fracasso do filme original, Andy Serkis assumiu a tarefa de consertar as coisas, e o Gollum de O Senhor dos Anéis fez um bom trabalho apesar de sua bagagem como cineasta não ser a mais extensa.

Dessa vez, encontramos Eddie Brock (Tom Hardy) um tempo depois dos acontecimentos do longa original. Ele ainda está tentando ressuscitar sua carreira e recebe uma segunda chance para entrevistar o serial killer Cletus Kasady (Woody Harrelson), que se torna o hospedeiro do simbionte Carnificina depois de uma tentativa frustrada de execução.

Carnificina Venom Tempo de Carnificina
Carnificina – ‘Venom Tempo de Carnificina’ / 2021 © Divulgação Sony

Nesse ínterim, somente o fato de termos um vilão infinitamente melhor do que o Drake de Riz Ahmed na primeira película já eleva em muito o nível dessa sequência da qual, confesso, não estava esperando nada. Woody Harrelson só apareceu na cena pós-crédito de Venom e ali já deu para perceber o quanto Kasady era superior a Drake. E Tempo de Carnificina chegou para provar isso.

Tom Hardy e Woody Harrelson em Venom: Tempo de Carnificina
Tom Hardy e Woody Harrelson em ‘Venom: Tempo de Carnificina’ / 2021 © Divulgação Sony

No mais, o que se tem a dizer sobre Venom é que ele é algo como um tipo de versão do mal do Homem-Aranha e as cenas desse filme, assim como as do primeiro, lembram muito as dos longas do aracnídeo dirigidos por Sam Raimi e também as dos dirigidos por Marc Webb. Tudo isso faz muito sentido quando lembramos que o “parasita” é um dos vilões que atrapalham a vida de Peter Parker apesar de, no caso, em sua própria franquia ele ser um herói.

Por outro lado, não há nem o que se falar sobre Tom Hardy, uma vez que a atuação do protagonista é o que salva o primeiro filme e continua sendo o melhor agora. Com Harrelson em seu encalço, tudo se encaixa direitinho para se fazer um bom filme, apesar de Venom não ser nem de longe o melhor do UCM. É interessante notar, todavia, o quanto a relação de Eddie com seu simbionte é divertida!

No entanto, o mais interessante sobre Tempo de Carnificina são as referências a Game of Thrones e The Witcher com as quais o filme está recheado – deixo para os espectadores descobrirem quais são! Essas conexões são realmente muito interessantes e compõem um dos baratos do cinema.

Sendo assim, por todos esses motivos ou simplesmente tenha sido porque a história já havia sido consolidada no primeiro filme, é que essa sequência tenha ficado melhor, mas não há dúvida sobre que o roteiro e o enredo são muito superiores.

O caso, portanto, é que agora temos mais um fio tecido nessa teia gigante que a Marvel vem tecendo ao longo das décadas e não é a toa que os seus fãs tenham pirado a cabeça com a cena pós-crédito. Agora é esperar para ver se esse “parasita” vai continuar se espalhando….

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Venom: Tempo de Carnificina Poster
País: EUA
Idioma: Inglês

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