Não é segredo para ninguém que a força do marketing do novo longa de ação da Netflix, De Volta à Ação (Back in Action) esteve no retorno de Cameron Diaz às telas depois do longo hiato de uma década em sua carreira (percebam como até o nome do filme é significativo!).
A plataforma de streaming, que não é boba nem nada, tratou de preparar terreno para a obra, adicionando em seu catálogo uma das produções mais famosas da carreira da atriz, O Amor Não Tira Férias.
Novembro chega trazendo duas certezas: o início da temporada de filmes natalinos e o avanço da missão furtiva da Netflix de absorver a estética do
E pelo visto, vai continuar sendo, pelo menos por enquanto! Já adianto que a comparação aqui será inevitável, mesmo com os gêneros um pouco diferentes (ninguém mandou a Netflix reviver uma das melhores comédias românticas recentes). Sendo assim, o diretor Seth Gordon, o mesmo de O Agente Noturno, traz Cameron Diaz de volta à ação em uma comédia que, embora divertida, infelizmente é, sem dúvida, esquecível.
Para começo de conversa, a química que explode entra ela e Jude Law em Um Amor Não Tira Férias, aqui, com Jamie Foxx, não produz nem faísca.
Na trama, os dois são espiões que abandonam o trabalho para formar uma família, então não é de todo ruim que o começo da história tenha sido um pouco apressado para chegar a esse ponto. Mas o desenrolar do filme provou que não foi apenas o marketing da produção que se escorou no retorno de uma estrela. A própria história não tem força para se sustentar sem essa muleta.
De Volta à Ação se apresenta com uma fórmula genérica de comédia de ação, temperada com piadinhas interraciais batidas e um vilão fraco (para dizer o mínimo), além de ter subaproveitado um de seus pontos fortes: Andrew Scott (desperdiçar esse trunfo é praticamente imperdoável). O ator, que já mostrou sua versatilidade, parece robótico e pouco à vontade, como se gritasse que aquele não era realmente o seu lugar. E para culminar, Glenn Close mais parecia um artigo de luxo no meio de uma loja de R$ 1,99, o que faz, por óbvio, que a melhor cena do filme se torne, inevitavelmente, o confronto entre ela e a protagonista.
Agora, a questão que não quer calar é: o retorno de um ícone em uma história mais ou menos que tem apenas um momento, vale quase duas horas de seu tempo? Você decide se vai entrar em ação.
Respostas de 2
Perfeita análise! Concordo plenamente! Chato!
Pela sua crítica, não vou me arriscar não. 😆