Mais um filme de terror genérico
O gênero do terror, vem evoluindo ano após ano. Porém, por haver uma quantidade grande de lançamentos, o gênero fica muitas vezes batido, repetindo inúmeras facetas e enredos que nos levam pelo mesmo caminho que qualquer outro filme nos levaria.
Logo nos primeiros minutos, Poltergeist: O Fenômeno já aparenta ser um filme clichê. O roteiro é genérico e apresenta muitas falhas. Uma delas é o mal desenvolvimento de personagens, o que acaba atrapalhando o filme e não cria com o público a empatia necessária para com eles. Além disso, o filme é muito autoexplicativo no que se refere à trama principal. Mas apesar dessas falhas, o filme tem algumas cenas engraçadas, seu único ponto positivo . A trama é resolvida logo na primeira hora, ou seja, os outros 40 minutos são só enrolação.
A direção de Gil Kenan também deixa muito a desejar. Há muitos Jump Scares desnecessários que são colocados apenas para dar sustos bobos nos espectadores. Fora isso, os cortes e transições não são bem executados, o que faz com que nos desconectemos da trama.
As atuações também não são boas, com exceção da de Sam Rockwell (Eric Bowen) e Rosemarie DeWitt (Amy Bowen), que tentam carregar o filme, porém não conseguem. A filha mais velha, interpretada por Saxon Sharbino, não tem um arco narrativo bom, muito menos os dois filhos mais novos, que trazem atuações robóticas e sem expressão. Há um momento em que algo horrível acabou de acontecer e a família não expressa nenhum tipo de emoção. A atuação do Jared Harris é péssima e o roteiro não sabe trabalhar com o personagem dele, transformando-o num personagem cansativo e chato.
Nem os efeitos visuais são bons, levando em consideração o orçamento do filme, que foi mais de 95 milhões. Já a fotografia é funcional para as situações.
Resumindo: Poltergeist: O Fenômeno é um filme que tenta ser de terror mas acaba falhando tragicamente.