Doctors

O tema médico já mostrou ser muito bem aceito pelo público em geral, haja vista o sucesso e a longevidade de Grey’s Anatomy, que no ano que vem lançará (pasmem!) sua vigésima temporada. E uma vez que a comparação é inevitável, se você é fã do seriado norte-americano, talvez vá gostar bastante do dorama Doctors, da Netflix, que explora a mesma temática, porém em escala (bem) menor.

Com vinte episódios, Doctors acompanha a história de Hye-Jung (Park Shin-Hye, de Herdeiros), uma garota rebelde que é inspirada por um professor compassivo a se tornar uma neurocirurgiã. Por isso, o foco do enredo se concentra muito nessa especialidade médica – o que até faz sentido, considerando que o QI de Hye-Jung é de 156. Nada mais justo, portanto, do que ela trabalhar, literalmente, com o cérebro.

Leia a crítica de Herdeiros

Mas a ideia é basicamente a mesma, e quem conhece o formato de Grey’s Anatomy já vai ter uma boa noção do que vai encontrar, sem contar, é claro, as diferenças de atuação, mise-en-scène, roteiro e outros detalhes técnicos que são peculiares das características do ocidente e do oriente.

No entanto, mesmo que nossa tendência seja preferir o modelo a que estamos acostumados, vale atentar (e isso não é pouca coisa!), que a nota de Doctors no IMDb (7,7) chega a passar ligeiramente a nota de Grey’s Anatomy (7,6), indicando a qualidade da produção coreana como um todo, com especial destaque para a trilha sonora e para a performance da protagonista, bastante reconhecida em seu meio.

Shin-Hye carrega a série nas costas, fazendo com que perdoemos a presença dos vilões fracos e totalmente sem graça. Todavia como o objetivo não é estabelecer um embate entre protagonistas e antagonistas, este é somente um mero detalhe a ser mencionado, mas que infelizmente impede Doctors de ser uma série, digamos, cirúrgica!

Assim, é possível que meu cérebro me impedisse de indicar essa série, já que existe um Grey’s Anatomy no mundo, mas o que vou fazer se meu coração diz o contrário? Talvez deva consultar um cardiologista.