Crítica | ‘Falcão e o Soldado Invernal’

Falcão e o Soldado Invernal (The Falcon and the Winter Soldier) é a segunda série da Marvel a estrear na Disney+, voltando totalmente ao estilo tão conhecido da empresa depois que o excelente WandaVision (Jac Schaeffer, 2016), pelo menos no início, experimentou uma fórmula um pouco diferente. Como o próprio nome já revela, o seriado é focado em Sam (Anthony Mackie), o Falcão, e Bucky (Sebastian Stan), O Soldado Invernal, trazendo um enredo dramático de construção de uma amizade entre os dois heróis, além de questões políticas em grande nível.

O enredo tem início depois dos eventos de Vingadores: Ultimato (Anthony e Joe Russo, 2019) quando Sam está tentando lidar com o fato de ter recebido o escudo do Capitão América das mãos de Steve Rogers e um grupo terrorista antinacionalista de apátridas começa a agir.

Sendo assim, apesar do primeiro episódio ser arrastado e pouco promissor, a série toma fôlego à medida que se desenvolve para depois terminar de forma não muito empolgante (tirando a cena pós-créditos do último episódio) o que, na verdade, não é tão importante se considerarmos que estamos falando de um universo estendido. Portanto, se assim como WandaVision, Falcão e o Soldado Invernal quis abrir caminho para as novas histórias-sequência da Marvel que virão, então cumpriu bem seu papel.

Os seis episódios de quase 60 minutos de duração foram satisfatórios enquanto apresentam (e reapresentam) personagens bastante interessantes, como o insuportável John Walker (Wyatt Russell), o enigmático barão Zemo (Daniel Brühl) e a interessante Sharon Carter (Emily VanCamp) que estão de volta depois de Capitão América: Guerra Civil (Anthony e Joe Russo, 2016), a misteriosa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) e o amargurado Isaiah (Carl Lumbly).

Por outro lado, a série adota um clima tenso e quase mórbido ao invocar o espírito de Steve Rogers a todo momento misturado não só com toda a questão que cerca sua sucessão no manto do Capitão América, mas também ao fardo que ele obrigou Sam a assumir quando lhe entregou o escudo. Além disso, o Falcão ainda descobre a existência de um ex-super soldado negro como ele, o que o leva a hesitar ainda mais em sua escolha de se tornar ou não um dos maiores símbolos da América. O arco dos apátridas não é muito mais leve, mas consegue ilustrar muito bem o que é viver (e morrer) para defender uma causa.

Bucky, por sua vez, apesar de todos os seus traumas, parece finalmente reagir às suas sessões de terapia, conseguindo superar os piores fantasmas de sua época de vilão. Mesmo que o Soldado Invernal não consiga alegrar um pouco as coisas, pelo menos ele sorri, diferente de quando era mal e usava o cabelo comprido. Já a introdução de Isaiah trouxe o momento de humanização, sendo que a cena da conversa com Sam no penúltimo episódio foi a mais forte de toda a série.

Por essas e outras é que se pode dizer que Falcão e o Soldado Invernal não é exatamente um momento de descontração – apesar de ter sim alguns momentos mais legais como aquele em que Sam está treinando com o escudo em meio às árvores -, mas mesmo que o Capitão Américas e seus derivados não sejam os meus favoritos de todo o UCM, é extremamente bem feito e, com certeza, merece ser visto. Afinal, lembrem-se, estamos falando de um universo.

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Nota do(a) autor(a)

/5
Falcão e o Soldado Invernal Poster
Título original:
Ano:
2021
País:
EUA
Idioma:
Inglês
Duração:
50 min min
Gênero:
Ação, Aventura, Drama
Criador(a):
Atores:
Anthony Mackie, Sebastian Stan, Wyatt Russell

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